quarta-feira, 24 de setembro de 2014

A ORIGINALIDADE DO TEXTO NA INTERNET.

Na minha última postagem no Blog, eu escrevi um texto que discutia a defesa do Marxismo, onde em linhas gerais descrevia-se toda uma estratégia de debate e ação da minha compreensão das ações dos marxistas hoje¸ mas não estou aqui para discutir o conteúdo do artigo anterior, mas sim sua forma, logo depois da postagem percebi uma séries de erros, de grafia, de concordância e de lógica, mas enfim, já estava postado!



Recordo-me de algumas críticas de certos companheiros falando que eu devia escrever menos, ou ficar mais atento a isso ou aquilo, mas será que é realmente assim? Fico pensando nisso o tempo todo, eu já escrevi uma infinidade de artigos, monografias, dissertações, teses, projetos, não tenho nem controle do que já escrevi, alguns com os mais rigorosos critérios técnicos, passando por infinitas correções, diversas idas e vindas, ainda faço isso como complemento de renda, mas tenho a intenção de transformar isso em atividade principal.

Hoje vivemos em plena época de ctrl “C” e ctrl “V”, copiasse hoje com uma perfeição que meus amigos deveriam invejar, por que eles só fazem isso. Mas para além desse pequeno detalhe o texto na internet, e particularmente no meu blog os textos são a expressão do que penso e acredito. 

Os primeiros post do Dilacerado começou com textos acadêmicos, que os clientes por algum motivo simplesmente não pagaram, logo me senti proprietários deles e publiquei, mas a medida que o blog foi tomando corpo os textos começaram a serem publicados para descrever minhas percepções e minhas análises sobre a realidade que vivo.

A produção era simplesmente escrita e postada de forma imediata, nunca me preocupei com a forma, com as correções, obviamente que isso não era e ainda não é um concepção acerca do texto para internet, mas simplesmente um descaso com as regras. Tenho essa aversão as regras, as normas e as leis! Confesso que isso era desnecessário, afinal quem iria ler meu blog? Na verdade ele surgiu apenas como mais uma tentativa de me expressar e economizar espaço virtual em meu HD.

O certo é que os textos foram sendo produzidos e as relações com as redes sociais fizeram meu blog ser acessado e hoje é lido, somando as visualizações no blogspot e no Google+ estou me aproximando dos 100 mil acessos, um número que certamente me parece bem suspeito, mas enfim, estou aqui agora escrevendo sobre o modo como eu tenho que escrever!

Lógico que hoje eu divulgo nas redes sociais, particularmente no Facebook as minhas postagens, mas o certo é que ele esse ano simplesmente se tornou independente de minhas postagens, alguns artigos e matérias têm vida própria, e isso me colocou em uma situação, que meus amigos e companheiros tinham me alertado, passei então a escrever em dois tempos, primeiro, sigo o instinto de sentar e simplesmente escrever o que vem a mente, depois de certo tempo releio e faço as correções que achar necessário, e somente depois, posto no blog! Procedimento impensado nos momentos iniciais do blog, confesso que esses procedimentos fizeram com que as postagens fossem mais espaçadas entre uma e outra, o tempo para que isso ocorra também aumentou consideravelmente, e minhas idas e vindas do Marajó sempre complica e muito meu acesso a internet.

O fato é que eu não vou mais fazer isso, peço desculpas aos meus amigos e companheiros, quero dizer a eles que se danem! Não tó nem ai para os padrões que eles acham que são corretos! Não estou querendo ganhar uma competição de redação ou ganhar prestígio com o texto bem redigido. Só quero simplesmente me expressar.

Essa liberdade de poder falar abertamente o que se quer, a hora que se quiser, quero apenas dizer ao mundo o que penso, não precisa ser um pensamento original, posso até mesmo comentar um comentário, desculpe a redundância mas é exatamente isso, o que importa é que o texto seja assim, escrito de uma única vez, que sua composição seja o nascimento de algo que para mim é importante e que ele seja único.

Essa é a essência que procuro dar em meus textos, que eles sejam únicos, que sejam meus e que nasçam simplesmente assim, com erros, com defeitos, mas únicos!

Compartilhar meus textos na sua forma original, na sua primeira escrita é mais que um simbolismo qualquer, é uma forma de me contrapor ao processo de industrialização e sistematização que a revolução industrial gerou em nossa civilização.

Esse processo é mais complexo do que se possa imaginar, e não sou eu que faz essa análise, mas Walter Benjamin, onde ele discute a formação da indústria cultural, na qual a questão da reprodutividade técnica da obra de arte, particularmente a questão da fotografia, onde ele declara o fim da aura da obra de arte, ele a define como sendo uma coisa única, onde o artista ao pintar um quadro o constrói de uma forma única, ele será único, não existirá outro igual, pois se o mesmo artista o tentar reproduzir ele, copiando todos os traços, ele terá uma tela parecida, mas não idêntica, o que fará isso é a fotografia!

Para ele a invenção da fotografia permite que esse quadro seja reproduzido de forma infinita e com isso essa obra de arte perderá sua aura, obviamente que a crítica de Benjamin é sobre a nascente indústria cultural, reflexo longínquo da revolução industrial, pois até a arte se tornou um produto e que deve ser fonte de lucro!

Não quero dizer que meus textos são obras de arte, longe disso, quero apenas dizer que eles são únicos, e que eu os apresento da forma com eles foram originalmente escritos e com isso preservando sua aura.

Obs. Esse texto foi escrito assim!

Marcelo Bastos

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Sempre em defesa do Marxismo!

Vou retomar um tema que simplesmente não consigo para de defender, depois de várias críticas dos meus textos anteriores sobre o processo eleitoral, venho a público defender a metodologia de construção dos textos, a partir de uma análise marxista de realidade.

Não tenho a pretensão de me colocar como o último marxista da Terra, mas ao mesmo tempo percebo com clareza que o processo de construção teórica que o marxismo impõe me impulsiona para tomar as decisões políticas que tomo, não há discordância entre teoria e prática, a práxis nesse processo é parte fundamental para se identificar um processo longo, mas que é examinado em cada detalhe e que ao mesmo modo permite a partir de processos de comparação de dados, de análises subjetivas e de construções de sínteses elaborar todo um perfil da realidade, não existe ainda outra ferramenta metodológica que permita fazer isso, apenas o Marxismo!

Em todo caso, em síntese, devo admitir que as estratégias políticas nesse período histórico ainda é um processo profundamente confuso, mesmo distante de uma época histórica da queda do Muro de Berlim e do retorno ao Capitalismo nos países do Bloco Soviético, falta um estudo que permita construir uma explicação mais provável para o que ocorreu, mesmo tendo nos defensistas revolucionário um mote, uma ideia! 

Esse norte teórico certamente me influencia profundamente, mas também nos coloca em uma delicada situação tática, principalmente em países em processo de desenvolvimento tardio do Capitalismo, como é o caso do Brasil, e vira e mexe, sou obrigado a descontruir opiniões a cerca dos meus posicionamentos políticos e esclarecer como os marxistas nos tempos atuais devem se posicionar.

Em primeiro lugar não há nenhuma movimentação, dentro da ótica do Marxismo, de aglutinação de quadros ou militantes que merece atenção, na atual conjuntura esse processo, passa necessariamente pela compreensão do processo de queda dos chamados países socialistas, o retorno ao Capitalismo nesses países é assintomático, ou seja, enquanto não pudermos esclarecer de fato o que ocorreu, com uma explicação que permita a compreensão desses eventos e consequência deles em na nossa realidade atual, dificilmente vamos ter a possibilidade de ter um processo honesto de convencimento ideológico.

As atuais vertentes que desgraçadamente se intitulam de ortodoxas ou marxistas, nem de perto conseguem discutem esse tema sem constrangimento, seus discursos vazios de teorias, nada mais são de propaganda hipócrita e enganosa para uma juventude sedenta de esperança pela necessidade de luta social! Mentirosos se utilizam de uma força histórica do Marxismo para apenas construir pequenos aparatos de sobrevivência individual, poderíamos citar diversos, mas não valem o esforço!

Nessas circunstâncias e com esse claro divisor de águas, o Defensismo, se percebe claramente que hoje o principal papel dos marxistas são puramente propagandistas, tenho críticas a essa estratégia, mas devo reconhecer que essa é hoje a única maneira possível de manter viva toda história, toda a trajetória e todo acumulo de saber que o marxismo teve, tem e terá no processo de construção humana no planeta.

Somos uma espécie de guardadores de livros, em plena processo de caça as bruxas, ser marxista hoje é ser discriminado, é ser retaliado e é ser caçado!

Mas nos matemos vivos, carregando sobre nossas costas toda a responsabilidade em manter vivo o pensamento marxista, que não começa com Marx, mas nele encontra tamanha dedicação que o permitiu sintetizar um conjunto de ideias, de construir poderosos instrumentos metodológicos e permitiu estruturar todo um pensamento filosófico!

Estamos em uma luta contra os preconceitos, e os marxista estão desde a primeira hora lutando contra todos os tipos de injustiças, e sofrendo preconceito de quem sofre preconceito! Mas isso vou deixar para outro momento, por que ser marxista hoje é um crime capital, se eu relatar os diferentes tipos de discriminação que sofro no meu dia-a-dia por me intitular marxista! Mas vamos deixar isso para outro artigo.

O que cabe destacar aqui é a estratégia de construção do pensamento marxista hoje, e primeiro lugar isso é um processo longo e não começou recentemente, o primeiro passo é reconhecer a força do pensamento defensistas, o segundo é compreender que existe a necessidade de uma vanguarda que precisa ser resgatada para esse enorme desafio, pois é essa vanguarda que irá se treinar a próxima geração de marxista e de lutadores e consequentemente de revolucionários.

Contudo, deve-se compreender que esse resgate parte do processo de compreensão que eles são vítimas de um processo maior, pois á medida que analisamos a dissolução do bloco soviético, percebe-se que uma geração inteira de revolucionários começou a apresentar um quadro de transtornos mentais, mas precisamente com esquizofrenia ou de transtornos bipolares, e ainda estão em muitos casos que acompanhamos desde a década de 90 do século passado, em processo vegetativo, mas tem um profundo capital intelectual que é fundamental para nossa estratégia de reconstrução de um partido revolucionário.

Para isso começamos a escrever vários artigos, mas em especial o conjunto de artigos que estão publicados em nosso blog, “A Revolução no Divã” e a “Esquizofrenia do Ser Revolucionário”, foi o passo inicial de resgate de um processo de construção teórica de ação terapêutica, sob a ótica do Marxismo, ou seja, o marxismo utilizado como mecanismo de construção de pontes entre a realidade dessa vanguarda e a nossa, que permita assim, nos utilizamos dessa vanguarda para treinar e preparar uma possível geração de quadros profissionais para a revolução.

Obviamente que esse processo é desigual e combinado como a própria realidade que estamos vivendo nessa atual etapa do desenvolvimento das forças produtivas e com isso há de fato uma limitação de entendimento desse processo para uma ampla maioria da vanguarda que hoje combate na linha de frente o Capitalismo, mas, e ao mesmo tempo, há um processo todo estruturado para se descaracterizar nossa compreensão e pesquisa como sendo séria e cientifica.

O terceiro passo é manter como nossa tarefa diária um processo de construção teórica de análise da realidade, pois somente a medida que nossos prognóstico forem acertados pelo decorrer da linha do tempo de nossa geração, é que vamos acumular um residual, mas pertinente processo de acreditação em nossa força metodológica de construção de pensamento.

Ao afirmar nossos pontos de vista em relação aos acontecimentos conjunturais, deve-se manter nossos princípios e proposições ainda vivos, como por exemplo, defender uma Revolução como sendo a única saída para os explorados, defender a construção da democracia operária ou em outras palavras a Ditadura do Proletariado, e por fim, defender a construção de um partido operário, de quadros políticos profissionais.

Tal a necessidade de defesa do marxismo que vamos em todas as oportunidade elaborar e nos posicionar sobre nossas convicções, não há felicidade sem a luta intransigente pelo fim da desigualdade, da fome e de todo tipo de preconceito e discriminação que é ponto de equilíbrio do sistema capitalista.

Marcelo Bastos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

E A ELEIÇÃO NO PARÁ!

O processo eleitoral no Pará esse ano nada mais é do que a liturgia do mesmo, ou seja, entra ano e sai ano, o processo continua a mercê do Sr. Jader Barbalho, que desde o processo de democratização manda e desmanda, todos os seus aliados ou adversários de alguma forma passaram pela sua orientação política!


O Partido dos Trabalhadores que na década de 80 do século passado surgiu como antagonista do processo político no Estado do Pará, se ligando aos movimentos de trabalhadores rurais, combatendo o latifúndio e o desenvolvimento desordenado do capitalismo na Amazônia, colocando-se do lado dos povos da floresta, em defesa da sustentabilidade, agora é aliado de primeira hora do PMDB.

Já o PSDB, oriundo quase exclusivo de ex-pmdbistas desde sua fundação, se aliou ao que mais de atrasado tinha nesse Estado, os latifundiários, uma corja de assassinos, bandidos e ladrões!

Essas três forças políticas de uma forma ou de outra vem se revezando no poder, sem modificar em nada o processo de desenvolvimento doentio do capitalismo na região, o Sr. Jader mantém-se como um Deus, agora com o apoio do PT, acima do bem e do mal, deve-se reconhecer o papel de Estadista que ele desempenha, mas falta a ele a coragem de colocar o Pará no processo de desenvolvimento com inclusão social que o resto do país atravessa.

Ao Partido dos trabalhadores, na qual sou filiado desde 1988, viu seus acalorados debates da década de 80 serem paulatinamente serem substituídos por outras pautas, mas ao PT paraense falta uma expertise, um grupo de intelectuais mais comprometidos com estratégias maiores que o simples processo eleitoral, o que distancia ele do PT nacional em todos os principais temas da pauta nacional, mesmo quando era governo, não passou de um arremedo, com pesadas criticas do PT nacional!

A medida que mudou o conjunto de pautas do debate dentro do PT, priorizando a tática eleitoral e não a estratégia de poder na luta pela hegemonia, se transformou em mais um players do viciado processo controlado a mão de ferro pelo Sr. Jader Barbalho, ou alguém dúvida que desde 1982 todos os governadores foram eleitos com seu apoio? Mas voltando, a mudança de pauta do PT paraense o fez ser apenas mais um no processo eleitoral, e o vai e vem de sua direção política, reduziram toda a capacidade de mobilização social, organização social e direção política dos diversos setores progressistas do estado.

O PT ao se submeter a este papel secundário, e consolida isso ao apoiar Helder, coisa parecida que a DS vez no governo Ana, vendeu a eleição do da Governadora para ter um deputado federal, o PT paraense vende toda uma estratégia futura de poder, para ter um senador, e o terá, Paulo Rocha será eleito senador!

Até que ponto sonhos individuais deverão prevalecer sobre a necessidade coletiva? Enfim, o fato é que as eleições passaram e ainda passam pelas mãos habilidosas do Sr. Jader Barbalho, na qual faço reverência, sua habilidade política me surpreende a cada dia, a diferença hoje, é que depois de tanto tempo fazendo a mesma coisa, podemos construir metodologias de análises que permitam descobrir seus processos e passos, que não ultrapassam a lógica do desenvolvimento do capitalismo tardio na região, mas que mesmo assim pode ser considerada uma força progressista, mas isso é tema para outro artigo.

Eu vou me submeter novamente as diretrizes partidárias nas minhas ações legais, mas minha consciência grita e me permite fazer essas análises, enfim, seja qual for o resultado do pleito no Estado o PMDB se manterá no poder, e ao PT caberá somente espaço em um futuro resultado favorável ao Helder, com relação ao Jatene, tenho convicção que ele quer sair pela porta da frente do palácio de despachos, encerrando o ciclo tucano no governo, mas a máfia por trás deles já trabalha novas marionetes, algumas inclusive são candidatas ao senado.

Resta destacar nessa eleição a participação do PCB, que não lança candidato majoritário desde a década de 40! Mesmo com o reduzido tempo de TV, e com sua pouca militância mostra a cara, o Partidão aqui no Estado já foi organizado em mais de 75 municípios, vamos esperar para ver quais os passos do PCB no estado, mas se seguir a linha do seu Comitê Central, ficará ainda esperando as cartas psicografadas de Lenin, para romper com uma possível burguesia progressista, seu poder popular não está sustentado na construção de um partido de quadros profissionais, mas sim em um grita para se diferenciar do PSOL e do PSTU.

Esses últimos tem uma clara estratégia de consolidar o ex-prefeito de Belém como seu principal quadro, estratégia que o PT podia copiar, mas sem lenço e sem documento, o PT abdica seu papel de protagonista da história no Pará. Caberá o PSTU toda vez que o Edmilson chegar ao segundo turno de qualquer eleição, romper com ele, assim como foi na última eleição para prefeito.

Enfim, é uma eleição sem nenhuma novidade, sem nenhum sal ou debate que possa trazer para a sociedade paraense um pitada de esperança em dias melhores, caberá ter esperança que o segundo governo da Presidenta Dilma possa soergue um processo de desenvolvimento local a partir de ações externas, por que, todas as forças políticas do estado estão refém de sua pequena visão! 

Para Deputado Federal a coligação que coloca dois grandes partidos deve fazer a maioria dos parlamentares federais, mas não acredito no número “11” que esperam, o PT deve manter seus 04 deputados federais, podendo haver alguma surpresa de nomes, o certo é que Ana Júlia e Beto Faro estão liderando, outros parlamentares como o Miriquinho, Puty e Zé Geraldo ainda estão correndo atrás, deve-se atentar para o atual Presidente do PT estadual Milton Zimmer e o ex-deputado estadual Carlos Martins, enfim, sem contar com os candidatos do PMDB, que ao final, em uma eleição proporcional, a disputa acaba sendo uma corrida entre membros da coligação.

Já a deputado estadual a mesma frente deve manter os dois partidos como os maiores da Assembléia Legislativa do Estado, PT e PMDB devem ampliar seus deputados, acredito que o PT repita seus atuais parlamentares, com exceção da deputada Bernadete, mas quero crer em nomes como o do deputado Bordalo, Zé Maria, Edilson Moura, Airton Faleiro, além é claro do professor Alfredo Costa, outros nomes podem surpreender, mas seria muito arriscar nomes, vou ficar devendo isso com mais precisão!

Deve se destacar a audácia do PCdoB em lançar chapa própria para deputado estadual, um risco enorme em uma conjuntura desfavorável, mas enfim, se obter o coeficiente, meta difícil, deve eleger um, no caso a ex-deputada e atual vereadora de Belém Sandra Batista deve ser o nome, com uma história consolidada, e como vice-prefeita do atual candidato ao governo Helder, leva ligeira vantagem, mesmo sendo uma campanha apenas militante, boa sorte Sandra!

Enfim, o blog Dilacerado acompanhará atentamente esse desenvolvimento, obviamente que o processo eleitoral é uma caixinha de surpresas, mas a habilidade de projetar o futuro não é uma ciência exata, e como toda afirmação é merecedora de crítica, certamente não vamos agradar a todos, o concreto nesse momento é que o processo eleitoral começa a se modificar, mas ficando sempre com a máxima que “o povo tem o governo que merece”, isso me lembra também outra máxima do futebol que diz “que pênalti é tão importante que quem deveria bater era o presidente do Clube”, pois em eleição é a mesma coisa, ela é tão importe que deveria ter um critério universal para votar!

Esse critério deveria ser a realização de um curso de graduação, como se vota! Com duração de 04 anos, e como a necessidade de defesa monográfica ao final do curso, só poderia votar quem realizasse esse curso! Mas como isso é ainda um sonho distante, salve-se quem puder! Por que afinal de tudo, seremos reféns dessas escolhas até a próxima eleição! 

Marcelo Bastos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Há algo de pobre no reino do Brasil!


As eleições presidenciais esse ano foram ou ainda são uma rara surpresa, mais parecendo uma novela mexicana, cercada de mortes e tragédias, mas ainda com um final inimaginável. 

Se por um lado a morte acidental do ex-governador de Pernambuco mexeu no tabuleiro eleitoral, por outro lado, as forças políticas que estão por trás de cada candidatura não sofreram nenhum grande abalo.

A correlação de forças nessas eleições não correspondem aos votos que serão obtidos nas urnas, as estratégias de marketing ainda não são merecedoras de atenção e nem de longe estão desempenhando o papel que antes cumprira. Mesmo as pesquisas eleitorais, com seus novos motes de “confiabilidade” perderam o papel anterior que já tiveram.

Resultado da internet e das redes sociais? Ainda é cedo para definir, mas deve ter uma relação mais direta do que percebemos.

O fato é que com a entrada da Marina no páreo eleitoral mexeu com os brios de todos, e com a comoção provocada pela queda do “jatinho” de Eduardo Campos, a catapultou nas pesquisas, dando mesmo a vitória a Marina no segundo turno.

Obviedade a parte, agora com o andamento da campanha, seja na internet e na TV, Marina virou alvo de todos, principalmente de Aécio Neves, que perdeu espaço, e começou sua reação com ataques a Marina, e com as projeções do segundo turno, a própria campanha da Dilma iniciou uma reação.

O fato é que as eleições desse ano trouxeram novamente a disputa para o centro das atenções, desde a eleição de 1998 onde FHC conquistou no primeiro turno, as eleições viraram cartas marcadas, e iriam novamente ser se não acontecesse uma tragédia, mas não é a primeira vez na história que “Acidentes” modificaram os rumos da história, mas dessa vez a tragédia pode virar comédia.

Devemos deixar claro que a candidata Marina, do PSB, histórico aliado do PT, não representa os banqueiros, apenas uma pequena parcela, o Banco Itaú, mas e os bancos públicos, e o Bradesco? Apoiam quem? O fato, como dito anteriormente é que não houve mexida significativa nas forças políticas que estão por trás dos jogadores (players), e o resultado está perfeitamente de acordo com as diretrizes estabelecidas, não houve sequer a mobilização dos especialistas em gerenciamento de crises, não há tal necessidade!

Mesmo Aécio já sabia que as cartas estão marcadas, e de nada adiantaria a grita, mas que é a hora de marcar posição para um eventual futuro, mas que para isso deve apostar em cenários mundiais que possam complicar o processo de enraizamento do estado nacional a partir de ações inclusivas. Contudo, essa aposta significa que sua base de sustentação política, principalmente em Minas e em São Paulo pagaria um preço muito caro e esse tipo de investimento não está em seus planejamentos futuros.

Em todo caso, Marina perde nessa oportunidade a chance de se lançar de forma definitiva para ser um exponencial eleitoral crescente, uma segunda derrota levará a ela ao gueto do Acre, e as consultorias motivacionais que devem deixar as plateias com sono e perfeitamente relaxadas.

Ela não repetirá o efeito Lula, não acredito que se possa repetir nessa geração alguém com tamanha habilidade política.

Logo pode-se sentenciar que Marina só se elegerá a presidência da república quando retornar ao PT e vencer as prévias, os plano inicial de 20 anos de PT no governo federal está sendo adaptado e com as relação bipolares dos seus dirigentes, existe de fato a possibilidade de aumentar esses anos, e a reeleição de Dilma é o primeiro passo.

Seja como for, se confirmada a eleição de Dilma no plano nacional, fica evidenciando que aumentará significativamente sua base de apoio social, ampliando suas políticas de subsídios e de fomentos a produção industrial e no fortalecimento da agricultura familiar, sem esquecer o agronegócio, inclusive com a entrada do Banco do Brasil nesse tipo de investimento, e sobretudo ampliando os programas sociais de inclusão e de geração de emprego e renda. Mas tudo dentro do limite do capitalismo e de suas instituições.

O Petismo começa e se fundir com o Estado Nacional, como uma casta burocrática paraestatal, exemplos disso são o seu processo de formação, foi necessário adaptar o estado nacional para assimilação do petismo, logo o primeiro passo foi o assembleísmo petista, que já conversamos por aqui pelo blog, o segundo, foi o estabelecimento de um movimento social para se contrapor a simples transposição estatal do PT, uma contradição, mas que fortalecesse no final a política do PT, nesse caso especifico foi o lulismo, que também já foi alvo de nossa investigação.

Outro ponto para essa adaptação da nova burocracia estatal é a reforma política, principalmente o financiamento público de campanha, que será tema de outro artigo em outra oportunidade.

Esses movimentos contrários e convergentes determinam o desenvolvimento desigual e combinado dessas forças políticas que ainda estão bem incipientes, mas já demonstram o seu fôlego.

O resultado eleitoral não mudará esse processo de adaptação do PT ao sistema e sua completa absorção será letra morta, aos que acreditam ainda que é possível que o PT rompa e dê um salto de qualidade nas lutas sociais, está na hora de perder essa esperança e se articular para tomar outras atitudes, do que a simples passividade movida a cargos e espaços dentro dessa nova burocracia estatal que está surgindo.

O caminho para que essa gente perca sua fé é a luta popular, e para verificar a correlação de forças políticas contrárias basta somente acompanhar as lutas sociais, pois caso perca sua força significaria que a equação é verdadeira, logo podemos descrever a equação como sendo proporcional a inércia das lutas sociais, quando menor for essa luta maior será à força da burocracia.

Vamos esperar para ver o que acontece, mas devemos apostar nas lutas sociais como único caminho para a construção do Socialismo.

Marcelo Bastos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Você foi minha melhor poesia

Você foi minha melhor poesia



Sem poesia, sem vida!
Não há amor, apenas escuridão.
Olho e procuro do lado.
Vejo apenas minha solidão!

Não sei viver sem amar,
Confesso sou fácil.
Luto contra o mar,
Da solidão e da devassidão.

De longe você foi minha melhor poesia.
Minha fonte de inspiração permanente.
Mas hoje sua ausência me silencia!

Meus quadros são pintas incompletas
Meu olhar são letras mortas

Não gasto mais meu inglês!