segunda-feira, 24 de junho de 2013

O MARAJÓ PRECISA DE MÉDICOS!!!


O arquipélago do Marajó, do ponto de vista econômico, é uma das regiões mais pobres do Brasil e tem necessidade urgente de médicos para atenção básica.




Aqui em Soure existem três equipes da estratégia da saúde da família em atividade (Bairro Novo, Matinha e Tucumanduba). No bairro do Pacoval outra equipe aguarda médicos para inscrição e inauguração do prédio.

Em janeiro de 2013, quando assumimos a secretaria de saúde verificamos que precisaríamos de pelo menos mais três médicos clínicos para completar o nosso quadro funcional. Desde então, estamos tentando contratar os profissionais sem sucesso. A dificuldade é encontrar médicos que aceitem trabalhar ganhando o valor repassado pelo Ministério da Saúde ao município; mesmo com uma complementação salarial oferecida com muito esforço pela prefeitura.

No início do ano, apenas uma médica estava atendendo na atenção básica; hoje são duas. Uma delas é natural do próprio município. Formada na Universidade do Estado do Para (UEPA) resolveu trabalhar em sua terra natal. A outra foi contratada via PROVAB.

A vinda de médicos e médicas estrangeiros para Soure não vai resolver todos os problemas que enfrentamos no sistema de saúde municipal, mas com certeza vai minimizar o sofrimento da maioria da nossa população que não tem acesso a outra forma de atendimento médico.

Newton Pereira
Secretário Municipal de Saúde - Soure/Marajó (PA), Vice-presidente do COSEMS-Pará, advogado, professor, Mestre em Teoria do Direito e do Estado pela UNIVEM-SP

sábado, 22 de junho de 2013

Os “vândalos” e os vacilantes!

Os Vândalos foram um dos povos bárbaros responsáveis pela derrota e destruição de um dos mais opressores Impérios da antiguidade: O império Romano.
Enquanto outros povos com muito mais força e organização militar, tais como os Hunos e Visigodos, vacilavam em enfrentar diretamente seu maior inimigo, por vezes aliando-se aos Romanos para garantir alguns privilégios tribais, os Vândalos ousaram mais e, mesmo após várias tentativas de suborno feitas pelos Romanos às suas lideranças, oferecendo-lhes ouro e terra, a cidade de Roma, coração do gigante império, foi invadida pela primeira vez no ano de 455 d.c por esse povo bárbaro sob o comando de Genserico. Tal façanha expôs ao mundo da época a fragilidade do moribundo império abrindo caminho completo para sua ruína e o fim do regime da escravidão marcado com sua queda no ano de 476 por ação de outros povos bárbaros.

A herança cultural do Império Romano, entretanto, persistiu e os novos Estados advindos de sua fragmentação adotaram muitas de suas estruturas de poder, exaltando a civilidade da política romana, fortalecendo e enriquecendo suas elites dirigentes que passaram a oprimir o próprio povo que um dia derramou seu sangue na luta contra Roma para construir essas novas nações. Tão assombroso era para esses novos governantes a hipótese de levante do povo contra sua opressão que trataram de satanizar toda e qualquer manifestação contra seus opressivos regimes como atos de povos Vândalos que destruíram aquilo que de mais avançado havia na humanidade.

Até os dias de hoje o termo é usado pejorativamente para designar aqueles que se comportam “à revelia da civilidade”. Nas manifestações de massa ocorridas no mês de junho de 2013 em todo o Brasil, “vandalismo” foi a palavra preferida da imprensa para desclassificar o repúdio do povo. Primeiro, se referindo à todos e depois, ao cair sua máscara farsante, atribuiu o adjetivo à pequenos grupos. Contudo, assim como na derrota de Roma os Vândalos tomaram à frente enquanto todos os outros povos vacilavam, nas ruas das cidades brasileiras foram os mais radicais que impuseram medo aos poderosos e lhes fizeram recuar na imposição dos aumentos abusivos nas tarifas dos transportes públicos. Conquanto as manifestações ocorressem totalmente pacíficas e dentro da ordem legal do sistema, nenhum risco obrigaria os governantes a recuarem, pois assim o foi enquanto acreditavam que a violenta repressão policial às primeiras manifestações iria debelar o movimento.

O pacifismo brasileiro é alimentado pela superestrutura do Estado capitalista, exaltado com orgulho pelos poderosos, para sempre domesticar o povo a aceitar silentemente a opressão. A luta social sempre é retratada pelos meios de comunicação como ato não civilizado que só gera transtorno para o país e sua população.
A mídia jogou pesado para confundir e dividir a população trabalhadora, colocando uns contra os outros, classificando de vandalismo e usando a mesma tipificação criminal tanto para descrever a conduta dos manifestantes mais radicais em suas investidas contra as sedes do poder político como também as dos os saqueadores de lojas e supermercados. Induz o povo acreditar que os prédios que abrigam a chefia dos governos executivos e os parlamentos, são patrimônios públicos intocáveis, escondendo o significado que suas ocupações pudessem produzir no curso de uma luta pelo poder, tratando como bandido comum qualquer um que ouse a violá-los.
A sede de um poder é o símbolo maior de um regime político instalado e sua ocupação pelo povo significaria sua própria derrocada. A destruição dos equipamentos públicos e até de bens particulares nas mobilizações que fogem ao controle do Estado, são toleradas para que tais atos de imprudência sirvam para criminalizar de forma geral a luta contra o regime. Porém, a repressão é violentamente desencadeada quando o regime se sente ameaçado em suas principais simbologias.

Nossos “vândalos” não são melhores e nem piores do que aqueles que abriram as portas de Roma para sua ruína. São os poucos radicais que não vêem mais saída institucional para os problemas do Brasil e não mais apostam em mudança de governo e sim de regime. Embora muito poucos e confundidos com bandidos comuns pelo trabalho da mídia, foram eles que deram visibilidade positiva ou negativa ao movimento, fazendo-o crescer e chamando atenção do mundo. Entendem que lutar sem objetivar o poder é uma luta vã e que apesar de serem os mais feridos pela ação da repressão, são ainda duramente criticados pelos vacilantes que acham que nossos problemas serão resolvidos apenas com diálogos, eleições corrompidas e pautas imediatistas. Ao contrário dos governantes corruptos que depredam a vida, causando sofrimento e a morte muitas pessoas que são vítimas dos saques aos recursos públicos que deveriam se destinados à saúde, educação, moradia, transporte, segurança e etc, os “vândalos” de junho de 2013 depredam os pilares morais do opressivo regime político brasileiro.

Vamos à luta na grande mobilização do dia 22/06, a Rede Globo não deve dar a direção para as manifestações do povo brasileiro!


Reginaldo Carvalho (
https://www.facebook.com/reginaldo.carvalho.9066?fref=ts)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Foda-se o Brasil, não!




Foda-se o Brasil, não!
Foda-se essa porra de democracia!

Que beneficia os ricos

que nega saúde, educação e moradia

Nega o direito de ir e vir

Nega a cidadania como princípio!
Nega a oportunidade de se ser solidário
Nega a chance de crescer como ser humano
Nega a possibilidade de ser alternativo
Nega a chance de justiça social
Nega a chance de lutar contra o sistema
Nega a maioria a oportunidade de pensar livremente
Não quero essa democracia!
Direito de falar, de se expressar, realmente temos isso?
Vivemos uma ditadura disfarçada de democracia
Vivemos sobre espadas e balas
as botas do capital nos esmaga apertando no pescoço.
Não me venham com essa de democracia!
Tô de saco cheio
Quero rebeldia
Uma rebeldia alegre!
Uma rebeldia que traga a mudança com um sorriso no rosto e o gosto de sangue do bom burgues e dos que o representam na minha boca!
Que desforrar anos de injustiças, de exploração e de humilhação!
Chega! Sei que o basta ainda vai demorar, mas prefiro mil vezes aviões sendo jogados em arranha-céu, do que ver seres humanos como na Somália ou no Afeganistão!
Foda-se a democracia dos ricos!
Quero uma democracia operária, camponesa e estudantil!


quarta-feira, 19 de junho de 2013

O Junhaço brasileiro: Quando a dor da dura realidade corta o efeito do ópio midiático que sustenta um dos regimes mais desiguais do mundo!



O São João com fogueiras nesse mês de junho foi substituído pelas lutas nas ruas, segue abaixo, o texto do Camarada Reginaldo, professor, comunista e o qual tive o privilégio de ser seu companheiro no Grêmio Estudantil Gisele Miranda, do Colégio Lauro Sodré, nos ritos de 1988. De lá para cá, manteve inalterada sua conduta e sua obsessão pela luta revolucionária, um exemplo, de homem e de luta, meu mentor, amigo e camarada, quero agradecer por sua autorização em publicar suas reflexões nesse blog que insiste em afirmar que a verdadeira Revolução só vira com a construção do verdadeiro partido revolucionário, e nele estaremos juntos, tenho certeza!
Há mais de uma década estamos sendo bombardeados pela mídia golpista com notícias que exaltam o grande crescimento econômico do Brasil, sua inserção no mercado global e a redução contínua das taxas de pobreza. Em tempos recentes, em clima de êxtase, foram divulgadas informações de que o Brasil alçou o posto de 6ª maior economia do mundo, ingressou no clube de países com elevado IDH e estava em vias de erradicar os últimos bolsões de pobreza com a ampliação do programa bolsa família.
Essa nova era de progresso seria coroada com a realização do evento esportivo mais importante do planeta e o mais amado pelos brasileiros: A copa do mundo. Marcar-se-ia para sempre na história do país e vender-se-ia ao mundo um modelo de sucesso, ancorado na eficácia absoluta do receituário neoliberal que caracterizou os governos nacionais das duas últimas décadas (PSDB e PT), no qual o sacrifício da austeridade fiscal inicial, marcado pela redução drástica dos investimentos sociais, seria sempre recompensado com a prosperidade econômica e social para todos em sua fase seguinte. 
Assim como o corpo se esgota com a droga entorpecente, inutilizando o cérebro até mesmo para continuar processando suas ilusões, a sociedade se exauriu de sua própria penúria e sente a dor da opressão quando recorre ao Estado que não mais consegue entorpecê-la com o pão e o circo. O espetáculo midiático do progresso foi interrompido quando o acúmulo das mazelas chegou ao limite e aniquilou a esperança de uma grande massa de brasileiros por dias melhores. Não foi possível ao Estado brasileiro conciliar os opulentos banquetes ao capital nacional e estrangeiro, com suas generosas transferências de recursos públicos a título de investimentos em infraestrutura e pagamentos de dívidas públicas, e continuar domesticando o povo com migalhas. Os homens não são cães, passíveis de serem subjugados para sempre apenas com um punhado de comida!
O povo tomou conta das ruas do país de norte a sul, de Belém a Porto Alegre, na maior manifestação pública dos últimos 20 anos. A decrepitude dos serviços públicos no Brasil ultrapassou todos os limites da tolerância. Sua face mais cruel se apresenta na saúde, educação, transporte e segurança pública cujos efeitos sempre atingiram a população de baixa renda e agora também a classe média. Somado a esses pontos de deficiências históricas, coloca-se o desvio bilionário de recursos públicos para construção de infraestrutura para copa do mundo e olimpíadas, a corrupção e a impunidade que atingiram índices recordes, despertando o ódio no povo a proposta de blindá-las com a PEC 33, e o retorno do fantasma da inflação. 
Apesar de toda tentativa de ludibriar o povo brasileiro, não houve como evitar os nefastos efeitos da corrupção e da transferência legalizada de nossas riquezas para os grandes grupos econômicos. Temos uma das piores educação do mundo, atrás do Haiiti por exemplo, e em IDH estamos com índice abaixo o da Venezuela, país sempre massacrado pela mídia nacional como pior modelo político e econômico da América do Sul. Vivemos o caos diário quando saímos de casa, se não formos vítimas da violência urbana, ao andar por ruas e estradas destruídas, ônibus superlotados, hospitais públicos falidos e escolas desmoronando na cabeça de nossos filhos. 
Em Roraima, os problemas são ainda mais graves por conta do provincianismo e do sultanismo exarcebado dos dirigentes políticos. Como não temos produção econômica auto-suficiente e uma classe empresarial forte, os recursos advindos do governo federal para obras em infraestrutura e manutenção dos serviços públicos são ainda mais surrupiados pelos governantes por conta de sua fusão com as empresas prestadoras de serviços. Isso faz com que em uma obra de asfaltamento de uma estrada orçada em 1,3 milhão, somente 300 mil seja aplicado na prática, como foi o caso da denúncia feita na ALE envolvendo o deputado que chamou os estudantes de “macacos”. Isso também explica o fato de que, apesar de termos o um dos maiores investimentos percapita em educação do país, nossas escolas públicas são um amontoado de escombros. Disso tudo resulta o acúmulo imensurável de riqueza de nossos dirigentes políticos, que se comportam como se fossem verdadeiros sultões à custa do patrimônio público, e a total precariedade de nossos serviços públicos.
Não há saída para o Brasil que não seja pela via da revolução social. Todo modelo político e econômico até agora implementado apenas manteve o status de país com a maior concentração de renda do mundo. Não existe perspectiva de desenvolvimento econômico e social sem distribuição de riqueza, assim como não há meio de transferir somas colossais de nossa riqueza nacional ao grande capital sem comprometer a qualidade de vida dos brasileiros.
A mudança necessária é a mudança de sistema político e econômico e não apenas dos governos continuístas. 
Parece que um dos slogans do espetáculo circense usado para entorpecer o povo nesse momento de exaustão social se tornou um tiro pela culatra: “Vem para rua que ela é a maior arquibancada do Brasil”. Mas o povo não fez das ruas uma mera arquibancada para assistir inerte tudo que está acontecendo e sim seu principal campo de batalha!


Reginaldo Carvalho

terça-feira, 18 de junho de 2013

Sobre as recentes manifestações no Brasil.

As recentes manifestações que tomam conta das ruas no Brasil são apenas efeitos retardados do processo de resistência a aplicação de medidas liberalizantes em diferentes partes do mundo.

O processo de retomada, ainda de forma tímida, de alguns apelos de cunho puramente economicista, fez com que as manifestações ocorridas em São Paulo e Brasília tomassem uma proporção maior do que realmente elas se encontram. Do ponto de vista organizativo, em nada representa para o avanço da consciência coletiva e do ponto de vista político, representa apenas indignações perfeitamente cabíveis e que já deveriam ter ocorrido há muito tempo.

Contudo, o apelo que gerou nas chamadas mídias sociais é um fator no mínimo curioso, não se tem como dimensionar o que, como e porque elas influenciaram, acredito que o seus resultados são mais assimetrias de agendamento midiático a partir mesmo dos fatos, do que necessariamente geradora dos fatos.

Sei que essas considerações serão imediatamente rechaçadas, mas o papel dos comunistas nesse período é esclarecer os fatos a partir das análises da própria realidade com a utilização do método marxista, ou seja, do uso da dialética e do materialismo histórico.

Não quero me ater ao método e sim as suas conclusões, nesse sentido deve-se perceber que a atual onde de manifestações no Brasil, ainda não tem uma cara definida, um objetivo único, a variedade de reivindicações é clara o que transparece na falta de um programa mínimo.
No Brasil, após os anos de ditadura militar, as manifestações até a primeira metade da década de 90 foram sempre multitudinária, inclusive com a derrubada do primeiro presidente eleito democraticamente, outras épocas e mesmas reivindicações.

O processo de despolitização preocupa, se não dermos uma cara de esquerda, comunistas e profundamente democrática, essa dita “revolução” da internet não demorará e ser tornará mais um movimento estanque e sem continuidade, a necessidade de um perfil ideológico representa mais que a ausência de bandeiras, que elas fiquem de fora, mas que esse movimento possa fazer uma aliança com as reivindicações históricas do trabalhadores do campo e da cidade.

A ausência de uma direção experiente e revolucionária é outra limitação dos movimentos existentes, obviamente que dependendo do calor das lutas uma nova direção pode se configurar, mas tem que indicar caminhos precisos e estar claramente voltado para a ruptura revolucionária, ou seja, não há negociação, não existe possibilidade de nenhuma de sentar a mesa.

A agudização desse processo não virá dentro dos limites institucionais, mesmos os agendes ditos da esquerda como o PSTU E PSOL têm limitações em ser os organizadores desse processo, por um único motivo, são reformistas até o último fio de cabelo!

Portanto, o que cabe aos comunistas é irem para rua, mesmo que enfrentando o preconceito de ser comunistas, erguendo a punhos nossa bandeira, já enfrentamos os nazistas/fascista na segunda guerra, o imperialismo europeu e americano. Já nos colocamos do lado de toda a Latino América, enfim, não ter-se-á medo de sermos comunistas, nunca tivemos, ergam-se as bandeiras com a foice e o martelo, em todos os lugares e em todas as manifestações, não existe partidos hoje no Brasil que possam ser herdeiros dessa tradição, mas ainda existe homens e mulheres que se mantém fieis aos preceitos comunistas, a estes sejam autorizadas empunhar a verdadeira bandeira da revolução.


Quando esse processo de colocar a disposição da ruptura com o grande capital e contra a propriedade privada dos meios de produção os comunistas estarão ao lado deles, em marcha, mas essa evolução deve ser acompanhada com a mobilização da sociedade em seus locais de trabalho, de estudo, de diversão, o processo de dimensão da onda revolucionária deve ser expresso em todos os níveis de resistência inclusive na cultura e nas artes.


Oxalá, que a dimensão dada a essas manifestações seja exaltadas até o limite, mas que possam ir além do que foram até o presente momento, sem o terrorismo individual, mas com a força da revolução coletiva e organizada, que tenham outros estopins, e que a marcha termine com a vitória de uma revolução e não apenas com negociadores a mesa!

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Almas perdidas




O meu ser vaga perdido por dentre multidões
Lamentando a triste certeza da vida
Vida sem vida vivida sombriamente em vales da morte
Solidão, desespero, angústia... o que há dentro de mim?
Paradoxalmente conflitos entre medo e coragem.
Vejo seres vagando em podridão
Almas perdidas em mundos paralelos
Sinto meu coração despedaço
Meus olhos só enxergam maldade
Fujo em pensamento para o espaço
Mas a realidade é cruel e sofrida
Não há quem se salve deste novo mundo
Louco mundo, nosso mundo!

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Despedida






Tuas mãos não encontram mais as minhas.

Tua boca se despede cruelmente 

Com lamentáveis palavras e sussurros.
Minha pele já não sente a tua,
Já não sente o fúnebre arrepio ao teu toque,
Porque teu corpo já não o tenho mais,
A despedida é inevitável!

Tuas memórias, minhas memórias!
Nossas mentes perturbadas
Sofrendo caladas
Gostos grotescos, sentimentos,
Escondidos, perdidos!
Teu ser sucumbido ao chão! 
Lamentos e prantos sobre o
Passado mal vivido! 
Agora o que és?
Matéria em decomposição,
Espírito perdido na dimensão e
Tua alma é o corvo que voa à noite, 
Que assombra meu ser com 
Tristes lembranças!