sábado, 27 de dezembro de 2014

BALANÇO DE 2014



Fim de ano hora de fazer um profundo balanço dos acontecimentos que nós envolvemos, modificaram a realidade a nossa volta e que marcaram em definitivo o processo histórico.

Certamente refiro-me aos fatos políticos, econômicos e sociais. O ano de 2014 marcou os 100 anos da 1ª Guerra Mundial, os 97 anos da revolução Russa, 55 anos da revolução Cubana.

No Brasil acompanhamos os condenados do “mensalão” terem suas vidas transmitidas ao vivo, como um reality show, todos os seus passos viraram notícias, os donos da imprensa brasileira realmente foram um capítulo a parte, que nos já sabíamos do processo de agendamento Setting, mas não imaginávamos tamanha cara de pau dos donos da indústria da informação.

Contudo, os condenados não eram os protagonistas dos principais eventos eram apenas figurantes de uma novela que ganharia diversos capítulos esse ano, como a questão dos desvios de recursos na Petrobrás, nas prévias eleitorais, nas redes sociais, na morte de Eduardo Campos, na escolha de Marina Silva para substituí-lo, nos debates do primeiro turno, o resultado do primeiro turno, as movimentações de bastidores, e por conseqüente eleição de Dilma, a posse será apenas o primeiro capítulo do ano que vem.

Voltando ao principal acontecimento do ano, não como uma escolha, mas sim como um fardo é que devemos discutir o papel das indústrias da informação, não foi um jornalista especifico, nem mesmo apenas um editorial, mas foi uma estratégia articulada e discutida, por um setor da sociedade que deveria romper com os laços de controle, da submissão passiva e inexpressão reacionária.

Se por um lado os barões das comunicações se revelaram um setor organizado e disciplinado como um exercito, por outro lado não vimos uma rebelião dos explorados a serviço desses porcos. Explico, vivemos em uma sociedade capitalista e sabemos nossos limites, mas mesmo assim não vejo os trabalhadores das montadoras irem para rua defender os interesses dos patrões, nem tampouco vejo um comerciário fazer a mesma coisa, ou um professor, mesmo com a condição de classe eles apenas vendem sua força de trabalho, mas se colocam contra seu títeres na medida que seus próprios interesses são combatidos.

Percebemos de uma maneira geral que os jornalistas não estão organizados, não combatem de forma geral o papel da indústria das comunicações, estão de joelhos e subalternos aos interesses do grande capital, fazem coro inclusive contra a regulação estatal da mídia, mas não vi nenhuma movimentação de impacto por parte deles em caminharem para uma auto-regulamentação, mas mesmo na desgraça aparecem novas soluções as mídias sociais se revelaram uma ferramenta poderosa nas mãos do povo, dos trabalhadores e do próprio PT.

Contudo, deve-se compreender o papel histórico dessa maioria de comunicólogos, arautos do nada, que definiram seu papel por um motivo corporativo, para eles se esconderem atrás da defesa incondicional da democracia e da liberdade de imprensa mesmo que ela seja passional e pró-imperialista, é determinado pela sua condição social e sua condição social é o monopólio para produzir sua acumulação primitiva.

Uma reserva de mercado, destinado aos mais esclarecidos, aos que foram preparados na academia, esses iluminados é que devem ter o monopólio da produção jornalística, e somente a eles a verdade obedecerá a linha de informação.

Não entende o tolo que esse caminho não tem mais volta, que seu preconceito contra o texto não “jornalístico”, assinado por um jornalista de formação não é mais um exigência do mercado, e que a vocação ou mesmo o trabalho dedicado pode perfeitamente substituir o douto letrado em comunicação, pois a Dona Maria, feirante do bairro do Guamá, informa seus associados pelo telefone, das assembléias, das reuniões e das relações com a administração da feira, usando tão somente o aplicativo de mídia social, os comunicólogos estão passando a mesma coisa que os operários fabris antes da revolução industrial passaram.

O apego do comunicólogo ao pretender que somente ele, e ninguém mais possam realizar esse trabalho não passa de um apego mesquinho e que revela um papel retrógado no novo cenário mundial. As novas formas de comunicação pegaram os jornalistas de calças curtas, a evolução tecnológica solapou o conhecimento do papel do comunicólogo para então o colocar contra a corrente da história.

Não se pode negar o papel revolucionário do desenvolvimento tecnológico e da internet nesse novo mundo que surge mantendo as desigualdades sociais, banalizando a fome e jogando ao desespero milhões que estão condenados a serem uma periferia subdesenvolvida, subnutrida e submarginal.

A cada uma dessas alternativas deveriam me ocupar para seu detalhamento, incluindo os novos conceitos os quais tenho trabalhado, mas fugiríamos do tema proposto, mas prometo que será produto de um trabalho maior.

Contudo, a internet como dito em outros artigos, foi produto histórico de um desenvolvimento combinado e desigual de dois sistemas econômicos distintos, ao final da guerra fria e com a derrubado do muro de Berlim, era necessário construir mecanismo para exportar para os países do bloco soviético as teorias liberais que acelerariam a derrocada do Socialismo deturpado pelo Stalinismo.

Pois, a estrutura de comunicação estava ainda sobre controle dos Estados Operário deformados, não havia sentido, nem mesmo estrutura e muito menos tempo para avançar a reconstrução do capitalismo na região, mas a tática leninista de apostar em pequenos grupos carbonários, com uma estrutura própria de comunicação permitiria construir pequenas células de poder que na ausência de uma direção revolucionária, substituiria por um movimento retrógado de conteúdo, mas progressivo de idéias e inovações tecnológicas.

A compreensão desse processo definitivamente não é fácil de explicar, mas o papel que desempenhava as redes de comunicação construída com a tecnologia que eram apenas utilizadas pelos militares e pelas universidades americanas, o que dão a verdadeira dimensão dos investimentos feitos pelo Imperialismo para derrotar os soviéticos.

Uma vantagem competitiva sine qua num fora simplesmente descartada para conseguir a derrocada do Socialismo enquanto sistema econômico, político e social, mas a cartada era maior, eles queriam mesmo derrota o Socialismo no campo das ideologias.

De certa forma se apressaram, não foram poucos que se lançaram no intuito de colocar um fim a história, mas passado alguns anos, e a distância temporal permite uma análise menos passional, percebe-se que o Socialismo ainda é uma utopia de milhões, e mesmo que os anéis (internet) tivesse ido embora, eles mantiveram seus dedos com as cordas de marionetes e agora com os domínios que eles almejavam, mas falharam em suas estratégias e hoje sua principal arma se volta contra eles, mas isso é tema para outro artigo.

O que temos que compreender aqui é que a internet vem sendo utilizada pela esquerda de uma forma que o Imperialismo não imaginava, o desenvolvimento de uma parte da indústria tecnológica permitiu a ampliação de mercados de consumo que antes eram restritos aos centros cosmopolitas das grandes cidades, mas hoje a periferia do planeta começa, mesmo que em pequenas proporções a ter acesso a um PC e a uma rede de informações.

Essa revolução que começou como um processo de derrubada do Socialismo Real, agora se voltou contra seus idealizadores, e essa mesma revolução não é compreendida pelos homens e mulheres que se calam ante o abuso do poder pela mídia, e somente as redes sociais levantam hoje essa bandeira.

Não estou aqui propondo que os Sindicatos de Jornalistas pelo país aceitem o fato que eles não podem e nem devem ter a exclusividade da produção jornalística, nem tampouco estou falando que eles devem ocupar as redações e propor jornais de conteúdos revolucionários, seria um sonho que não ouso ter, mas sim serem críticos do papel que seu silêncio tem proporcionado aos barões da indústria da informação.

Esse sim foi o principal fato do ano, obviamente que essa só é a primeira parte dessa avaliação, temos ainda que discutir o processo eleitoral e seus resultados, incluindo a tentativa de golpe de direita, mas postaremos essas análises nos próximos artigos, antes do ano novo.




sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

CUBA LANÇA DESAFIO AOS EUA: DECIFRA-ME OU TE DEVORO!





Passado 53 anos do embargo econômico americano a Cuba, fomos surpreendidos, com o começo do diálogo entre EUA e Cuba, com a libertação de presos políticos de ambos os lados, mas acima de tudo, o reinicio de uma relação diplomática suspensa a tanto tempo.

Devemos voltar ao tempo e verificar como eram essas relações, antes mesmo da revolução vitoriosa de 1959, Cuba vivia exclusivamente das relações comerciais com o EUA, um país dependente, Cuba era apenas uma ilha para fornicação e passatempo dos americanos abastados, mas tinha uma situação de extrema pobreza que contrastava com os prédios luxuosos e os cafés para os estrangeiros.

Os charutos já eram um dos principais itens da cesta de importações, assim como suas prostitutas, atividade regulada pelo Estado de Batista, que tinha 500 em seus registros, a população mal conseguia se alimentar, era uma republica de bananas, umas das suas principais atividades econômicas. 

A industria da perversão e dos jogos de azar eram a principal fonte de renda dos cofres públicos, que eram saqueados pelos sucessivos governos, a infraestrutura existente era proveniente de recursos do Tesouro Americano, as principais estradas, o próprio aeroporto foi construído com recursos dos EUA, que viam a ilha como uma paraísos tropical a seu serviço.

Não havia escolas suficientes, e as poucas existentes eram sucateadas e os professor não tinha formação acadêmica, a ilha de Cuba antes de 1959 era um estado de terror, pois Fulgêncio Batista em 10 de março de 1952 tomou o poder através de um golpe assistido e apoiado pelos norte-americanos. com uma população faminta e sem expectativas de vida, uma economia completamente dependente do parceiro americano.

Uma situação extremamente delicada, ocorreram diversas greves e revoltas. Sempre partindo do proletariado que se unia e do movimento estudantil que ganhava força. As primeiras ações sentidas foram os ataques e tentativas de tomada dos quartéis de Moncada e de Carlos Manuel de Céspedes, em 26 de Julho de 1953. A ação conjunta fracassou, resultando na morte de vários combatentes, em sua maioria jovens estudantes e a prisão de outros tantos. Entre os presos estava Fidel Alejandro Castro Ruz, recém-formado advogado pela Universidade de Havana. 

Outros movimentos de revolta também tentaram ataques isolados, tendo todos fracassado. Enquanto isso Fidel Castro é liberto e exilado no México. E foi lá então, que reuniram-se condições, convergiram fatores, para que se pensasse em uma verdadeira guerrilha. Fidel tinha em torno de si uma grande rede de contatos que o apoiariam; foi com esse objetivo então, que em 1954, funda o Movimento Revolucionário 26 de Julho (M-26-7). Baseado no México, articula ações e conta com casas de apoio e representantes, principalmente em Cuba, Guatemala e Estados Unidos.

Vivendo na clandestinidade, o M-26-7 tem grandes planos, mas tem maiores ainda dificuldades. Conciliar egos e pensamentos diferentes, manter o movimento coeso e unificado, treinar combatentes, angariar recursos e pessoal, evitar espiões e traidores. Num processo lento o plano é traçado: Penetrar com um foco guerrilheiro através das florestas ao sudoeste da ilha, aos pés da Sierra Maestra e espalhar a revolução, contando com a adesão popular e dos camponeses que vivem miseravelmente ali.

A partir daqui todos sabemos o que aconteceu, o grupo guerrilheiro liderado por Fidel, Raul e Che se embrenharam nas florestas de cuba, e contando com apoio mássico da população camponesa começaram uma caminhada por todo o país, ganhando mais e mais adeptos, evitando entrar em confronto direto com as tropas de Batista, tática de depois ficou conhecida como guerra de guerrilha.

Tomado o poder, a intenção inicial dos guerrilheiros não era um alinhamento com a URSS, mas sim construir uma terceira via, as primeiras medidas foram a desapropriação dos meios de diversão dos americanos, uma profunda reforma agrária, mas não mexeram no papel social da propriedade, mas a medida que as reformas foram sendo estabelecidas e discutidas nos mecanismos revolucionários, como os conselhos, a relação com os EUA foram piorando chegando mesmo a uma invasão na Baía do Porcos.

Conhecida em espanhol pelo nome de "La Batalla de Girón em Cuba", a Invasão da Baía dos Porcos ocorreu quando um contingente de exilados cubanos contrários a Fidel Castro, organizados pelos EUA, tentaram invadir a região sul de Cuba. Este episódio ocorreu no ano de 1961 e os exilados de Cuba foram apoiados pelo exército norteamericano e tiveram treinamento de agentes da CIA (Central Intelligence Agency). O objetivo era depor o governo socialista que tinha se instalado após a Revolução Cubana e derrubar Fidel Castro.

Menos de três meses após John Kennedy assumir a presidência dos EUA, o plano da Invasão da Baía dos Porcos foi colocado em ação, mas acabou sendo um fracasso. Isso ocorreu devido ao equipamento e treinamento do exército cubano, financiado pelos países do Bloco do Leste, e acabaram vencendo os exilados em um período de 3 dias, sendo que grande parcela dos agressores foram presos pelas forças armadas de Cuba. Este confronto acirrou ainda mais o relacionamento ruim entre os Estados Unidos e Cuba e teve como consequência a Crise dos Mísseis.

Ciente de manobras militares norteamericanas para invadir a Guatemala pós-revolucionária, Che Guevara alertou Fidel Castro sobre a possibilidade de um ataque à ilha. Em abril de 1961, Fidel Castro, sabendo que a invasão ocorreria, discursou e anunciou o cunho socialista da revolução. Um dia depois, a ilha sofreu o ataque dos EUA, que começaram pela região da Praia de Girón, localizada na Baía dos Porcos.

Por meio da CIA, os Estados Unidos realizaram o treinamento de mais de mil cubanos que tinham sido exilados de seu país. A maior parte deste grupo apoiava o ditador Fulgencio Batista, ditador militar cubano, e se localizava em Miami. Na época, o então presidente John Kennedy vetou o apoio da Força Aérea dos EUA nesta operação por temer um envolvimento de forma aberta e institucional na operação. Esse foi um dos fatores que levou a operação a ser diluída pelo exército cubano em 3 dias. Esta operação realizada secretamente pelos EUA para sabotar o governo cubano ficou conhecida pelo nome de Operação Mangusto.

E a partir de então as duas nações entraram em campos opostos, os EUA liderava o bloco dos países capitalistas e a URSS liderava o bloco comunista, e Cuba se aliava de corpo e alma aos desígnios de Stálin, mas foi obrigado a socializar a produção agrícola, o sistema financeiro e todas as demais políticas de magnitude socialista.

Mas em nenhum momento os revolucionários do Movimento 26 de julho não tinham como objetivo a instalação da ditadura do proletariado, muito menos construir o Partido Comunista Cubano, o desenvolvimento dos acontecimentos forçaram Fidel e seus companheiros a avançarem os rumos da revolução, para deixar de ser um golpe de esquerda para avançar rumo a uma revolução socialista, e então Cuba faria parte em definitivo do bloco soviético, bem na cozinha dos seus adversários na dita Guerra Fria.

Essa relação ficou sem grandes mudanças até ao final dos anos 80, quando o governo de Moscou adotou a Perestroica e Glasnost, Gorbachev anunciava a redução de ajuda financeira, econômica e política a Cuba, desde então, a ilha comandada por Fidel começou a sentir mais e mais o estrangulamento econômico promovido pelo EUA, e passou os últimos anos da década de 90 do século passado em uma profunda crise, mas manteve fiel aos seus conceitos e doutrinas, mesmo com a volta ao capitalismo nos antigos países do bloco soviético, mesmo com o capitalismo de estado chinês, e a ditaduras personalistas de outros países como a Coreá do Norte e Vietnam, ou foram varridos como a Albânia.

Deve-se salientar que o retorno ao capitalismo do antigo bloco soviético, deve-se ser compreendido como um retrocesso, algo negativo para a luta dos trabalhadores e trabalhadoras do restante do mundo, a contra-revolução vitoriosa chegou ser mesmo festejada por algumas insígnias e correntes pelo mundo, como é o caso do PCO, PSTU e CST no Brasil.

Durante todo o tempo que Cuba sofreu com o isolamento econômico, os verdadeiros comunistas, se solidarizaram com Cuba, mas nunca defenderam o regime de exceção da burocracia de Castro, muito menos fez coro com os americanos, da mesma forma consideramos que ao abrir o dialogo diplomático com os EUA, e assim caminhar na direção de reatar as relações econômicas, políticas e diplomáticas com o EUA, Cuba deve enviar um claro recado ao governo de Obama, que ao conseguir se manter fiel aos preceitos revolucionários, mesmo esses sendo exportados e implantados a contra gosto de Fidel, Cuba permanecerá Socialista! E que importará seu modelo de construção social para toda America Latina e para o Mundo, pois é esse recado que os explorados do mundo inteiro hoje comemoram, com essa notícia da vitoria da resistência socialista, temos que nos organizar para garantir a luta política em Cuba para superar o regime de Castro e superar a sua burocracia, rumo a tomada de poder pelo povo cubano e para continuar avançando nas conquistas da revolução social.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SOURE SEM ÁGUA: CAOS NA COSANPA.

Desde o último final de semana (13 e 14 de dezembro) o município de Soure vem sofrendo com o abastecimento de água, nesse fim de semana a água ficou com uma coloração escura, e a população ficou em pânico de consumir a água fornecida pela COSANPA, idas e vindas, a Prefeitura Municipal de Soure, através de seu Secretário de Administração, Ademir Barbosa da Cruz, solicitou esclarecimentos do Supervisor da COSANPA no município o Sr. William Correa Torres, que gentilmente respondeu aos questionamentos.


No informativo encaminhado pelo Supervisor onde identifica que o problema da qualidade da água é causado pela grande quantidade de ferro oriundo dos poços profundos onde a água para o abastecimento é retirado, e segundo o informativo, a quantidade de produtos químicos para o tratamento da água era insuficiente, logo, a coloração das águas que se originam nesses poços profundos, e que com o alto índice de reclamações o abastecimento desse poços profundos foram suspensas ocasionando falta da água em diversos pontos da cidade.

Ainda segundo o informativo, deve-se regularizar o abastecimento assim que o estoque de produtos químicos para o tratamento chegar na cidade com chegada prevista para sábado dia 20, e somente após isso, os poços profundos poderão ser utilizados novamente, e com o tratamento adequado a água de Soure será normalizada.

Enquanto isso a população fica entre a cruz e a espada, precisamos de água em nossas torneiras, e que essa água tem que ter qualidade, pois a maioria de nossa população usa essa mesma água para beber e cozinhar, a COSANPA deve planejar melhor o uso e o aproveitamento de sua capacidade de fornecer água para a população, do mesmo modo, acreditamos que o Governo do Estado precisa fazer o investimento necessário para modernização da distribuição de água no município, até por que nos pagamos as contas de água todos os meses, é o mínimo que esperamos do Governo do Estado.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Parabéns Apolônio: Um Brasileiro! Cidadão Paraense!






Conheci o Apolônio num raro e especial momento da minha vida e da minha militância política, desde o princípio teve uma química, certa magia, formamos uma dupla nova, que enfrentaria o Movimento Estudantil do final dos anos 80 e início dos anos 90 no país de uma maneira muito especial, começamos a fazer política mesmo em 1989, na campanha do Lula, de certa forma fomos o único comitê de juventude do PT Belém naquela campanha, e abrangia todas as escolas de Belém, como uma boca de ferro e panfletos que o Paulo Gaya tinha arrumado, fomos paras as ruas fazer a campanha do Lula, e claro tínhamos dois pontos de encontro um a casa do Apolônio, que ficava perto do Lauro Sodré, e a segunda era a sede do PT Belém, esse ano foi muito bom, não pela derrota de Lula para Collor, mas pela ampla mobilização que conseguimos construir em Belém.

De uma hora para outra tínhamos nos tornado referência do PT em Belém, logo estávamos na antiga Articulação, e fundávamos em Belém a Articulação secundarista, com o Cezar Matos, Com e Edilene Barros, com o Eliezer Rego, com a Andréa Bastos, a Elis, a Lena, Gildo, Wilma, Afonso, Eduardo, nossa tanta gente boa, logo, estávamos também na fundação da Articulação Estudantil a nível Nacional com o Atílio, Vitor Salazar, Marcos (São Bernardo) e muitos outros.

Relatei esses fatos por um motivo, Apolônio e eu, de certa forma fomos as lideranças de um coletivo que começou quase inexistente e pouco depois estava rodado o país construindo o PT, construindo a Articulação, e lutando no Movimento Estudantil, chegamos mesmo a eleger o Apolônio para vice-presidente da UMES Belém, lembro bem daquele congresso, não tínhamos a menor estrutura, mas nas caminhadas e nas escolas, mais e mais pessoas se aproximavam de um jeito único de fazer política, de forma honesta e sincera, chegamos na abertura do congresso da UMES ser a maior bancada individual, lembro que na tese para o congresso eu escrevi que era necessário criar zonais da UMES, pois Belém era e é ainda uma cidade grande, uma metrópole, dizia também que não é nenhuma novidade defender isso, mas era uma ideia inovadora, lembro como se fosse hoje o Apolônio elogiando esse trecho de nossa tese.

Esse congresso ele ficou com a responsabilidade de fazer a negociação com as demais forças políticas, o Cezar com as intervenções em plenário e eu liderava e organizava a bancada, fomos extremamente vitoriosos, tínhamos conseguido mais vagas na diretória da UMES que nossos próprios quadros poderiam participar, por isso decidimos inclusive não indicar todos os nomes, abrindo para o restante do PT indicar os nomes, lembro que o Bobo, ficou sendo diretor de escolas técnicas e a Convergência indica outro diretor.

Depois disso tivemos a luta pela meia passagem, dirigíamos os Grêmios das principais escolas da Almirante Barroso, Pedroso, Lauro, Soufran. Nossa participação construiu uma tradição nas lutas do Movimento Estudantil, e ficou conhecida como eixo da Almirante, chegávamos mesmo a mobilizar mais de 10 mil estudantes secundaristas nas passeatas da meia passagem só com as nossas próprias pernas, e com a ajuda de alguns Sindicatos, em especial a dos Urbanitários e dos Gráficos!

Eu tenho tantas histórias do Apolônio para contar, mas essas vão ficar para o livro que estou escrevendo sobre a história da luta do Grêmio Gisele Miranda, do Lauro Sodré, mas estou escrevendo esse artigo para homenagear o Apolônio que hoje recebeu o título de cidadão da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, justo homenagem, conheço poucos paraenses que defendem esse Estado como esse baiano defendeu!

O Apolônio é um daqueles seres humanos especiais, que nascem com uma grandeza e com uma força de vontade insuperável, com um charme próprio, com uma capacidade de convencimento inacreditável, mas acima de tudo com uma inteligência emocional brilhante, sua sensatez e percepção política sagaz o transformaram em um homem que tem meu mais profundo respeito.


Valeu as lutas, valeu as farras, valeu as trilhas, valeu cada segundo que vive ao seu lado, lembro com profunda saudade dessa época, mesmo com nossas diferenças, sabíamos quando devíamos ou não ir para porrada, mas tínhamos em mente que a estratégia do Partido era maior do que nós somos ou éramos, tens uma vida dedicada ao PT, quando saiu candidato a Presidente pelo PT, de pronto me coloquei na campanha, hoje estamos em táticas distintas dentro do PT, mas não conheço nenhum social democrata que tenha compreendido tão perfeitamente seu papel pequeno-burguês para a construção do Socialismo,

Parabéns, e até o próximo encontro!!!!!!!!!!



SUSIPE CONFIRMA A CONSTRUÇÃO DE PRESÍDIO EM SALVATERRA.

Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=974878639206659&set=o.158736160920559&type=1&theater&notif_t=photo_comment

Nas últimas semanas fomos todos surpreendidos com a divulgação de um contrato celebrado pela Prefeitura de Salvaterra e pela SUSIPE (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará) onde um terreno de mais de 18 mil m² foram doados para SUSIPE, localizado na Vila Cadeirão, medindo 200 m² de frente e 90 m² de fundo, o contrato já foi assinado ano passado, e até bem pouco tempo ninguém sabia da existência dele, mas ainda não tínhamos uma confirmação da construção do presídio em Salvaterra, até agora.

Com as movimentações do Movimento Acorda Marajó, resolvi fazer um teste e entrei no perfil da SUSIPE no Facebook, para minha surpresa obtive resposta, vale ressaltar que o perfil da SUSIPE tem um link na home Page da SUSIPE, e a resposta que obtive foi a seguinte: “A Prefeitura de Salvaterra fez a cessão (doação) de um terreno para a Susipe onde será construído um novo presídio no município. A doação foi feita sem qualquer ônus. Sua dúvida foi esclarecida?”

Minha dúvida foi esclarecida, mas ainda temos outras, a primeira qual é o tipo de presídio? De segurança máxima, se é albergado, enfim, o que será construindo, pela área cedida, não cabe um presídio de segurança mínima, pois pela legislação o de segurança mínima deve ter pelo menos 1000 apenados, quando o de segurança mínima 200!

Logo o que deve ser construído é um de segurança máxima, ou seja, os mais perigosos marginais serão nossos vizinhos, e os riscos de fuga, de rebelião de tudo que pode afetar nossos lares, sem contar no impacto ambiental que significa uma construção dessas no Caldeirão, que tem outra particular, o Caldeirão é uma área quilombola, será que não tem regras claras para a utilização da área pública.

Cabe outro questionamento, uma construção desse porte não deveria ter audiências públicas para se discutir com a comunidade? Não deveria ter passado pela Câmara de Vereadores a doação do terreno? O que mais não foi realizado?

A população do Marajó deve estar atenta e o Movimento Acorda Marajó deve mobilizar os setores sociais para debater de forma séria, temos que tirar uma posição em relação a construção desse presídio, do meu ponto de vista sou contrário, mas esse é o debate!



terça-feira, 16 de dezembro de 2014

BOLSONARO: A insurgência da direita golpista.


Após, 24 anos de golpe militar que implantou uma ditadura militar no país, o Brasil foi reconduzido para uma democracia, contudo, deve-se compreender que essa recondução teve um preço a ser pago, as relações sociais que no final do regime militar forçaram a Anistia geral e irrestrita para todos, colocava novamente o Brasil como uma potência democrática, mas a pergunta agora é a que preço?

Se formos avaliar a Anistia da forma como ela foi aprovada colocávamos militares que praticaram tortura, violência e estupros como cidadão dignos e honrados, do mesmo modo, colocavam os que lutavam contra o regime, com ou sem guerrilha como cidadãos repactuados com sua nação. Mas qual foi o crime de quem discordou do sistema?

De quem lutou contra a ditadura militar, ousou a pensar em uma sociedade mais justa, que foi torturado, banido e morto, dezenas foram simplesmente caçados por pensar diferente o que de fato a Anistia significou para os movimentos de contestação a truculência e a barbárie impostas pelo militares, sob orientação da CIA e da EUA.

Redemocratizamos o país, mas o comando americano permaneceu ainda por anos, sendo apenas derrotado em 2012, quem não se recorda do consenso de Washington, das crises mundial, da luta pelo salário mínimo de 100 dólares, da luta pela reforma agrária, do combate a seca, e de tantas lutas que ainda hoje nos causam constrangimentos.

Somos a sétima ou sexta economia do mundo, dependendo dos critérios utilizados para essa medição, mas mesmo assim ainda temos um fosso social enorme, muito já foi feito, mas há ainda muito que fazer! Mas vire e mexe somos assombrados por fantasmas do passado recente.

Com a Anistia se perdoaram criminosos e torturadores, com a Anistia milhares de brasileiros puderam voltar para casa, mas ao misturar na sociedade antigos defensores da ditadura, que ganharam muito com os 24 anos sem investigação, com a imprensa sendo censurada e com o poder totalitário dos generais, com uma sociedade que esperava e confiava na democracia, fez com que esses senhores, enquanto eles não fossem privados de seus privilégios ficaram escondidos e viviam suas vidas se escondendo nas sombras.

Mas por que agora eles se ousam a falar em volta a ditadura, em estuprar mulheres abertamente, em derrubar a democracia? Por uma simples motivo, a Comissão da Verdade descobriu tudo, mas infelizmente não acredito que esse relatoria traga tudo a tona, se não a primeira medida séria de uma país sério, seria revogar a Anistia e processar, julgar e condenar os torturadores, bandidos e estupradores, com base na legislação atual, e eles sabem disso, fazem a disputa política em função de estarem correndo risco, a Globo, as empreiteiras, os braços econômicos da ditadura agora são alvo do Ministério Público, da Polícia Federal e da própria sociedade.

Bolsonaro é apenas um dos portas vozes desse movimento de truculências, não quero aqui chocar ninguém, mas é legitimo que eles defendam o que quiseres, assim como é legítimos nós comunistas falar abertamente que temos que construir um partido bolchevique, de quadros profissionais e que buscam uma revolução armada para implementar a ditadura do proletariado.

Estamos em uma guerra, temos que nos organizarmos como um exercito, que deve marchar e recrutar novos militantes para se contrapor ao ódio social, que possa lutar pela verdadeira justiça, pela igualdade e fraternidade, só conseguida em uma Sociedade Socialista, lutamos contra os nazistas e fascistas, representado por Bolsonaro, mas lutamos também contra as estruturas do sistema capitalista, do sistema bancário, e contra a propriedade privada dos meios de produção, eles apenas são os cães que ladrem e mordem do capitalismo, e nossa luta deve ser maior.

Mas não podemos deixar Bolsonaro sem punição, declarar publicamente que é um estuprador deve ser sim motivo de ganharmos as ruas, se hoje ele declara isso e nada acontecer, ele irá fazer o ato em si, e nada acontecerá e assim por diante, temos que dar um basta nessa idiossincrasia social, vamos a luta!!!!!!!!!!!!!


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Tome cuidado, você poderá ser a próxima vítima!

Na noite de 09 de dezembro de 2014 eu perdi uma excelente oportunidade para ficar em casa, mas como sempre a fome falou mais alto e fui a padaria comprar poucos pães para saciar minha indolente fantasia de ficar magro, mas o que quero discutir aqui não é minhas medidas, mas sim o que ocorreu no retorno da deliciosa padaria que fica na Padre Eutíquio, quase esquina com a 09 de Janeiro, como ia dizendo, no retorno caminho calmamente sem pensar em nada, um caminhar tranqüilo pelo início de noite na Condor, tenho muitas histórias boas da Condor, mas essa não é o caso.




Contudo, retornando ao assunto fui assaltado, sim um assalto a mão armada, para aqueles que não entendem a diferente de um furto e de um assalto é exatamente essa, o furto é uma modalidade de roubo mas as escondidas, já o assalto é um roubo com violência.

Dois homens armados com uma pistola calibre 45, fui abordado na rua, a menos de 50 metros de minha casa, sabe foi uma situação tão inesperada que mal tive reação, apenas entregar meu celular e o troco do pão, só reagir quando os assaltantes ficaram decepcionado com a marca e o modelo do celular e o trocados em meu bolso, foi nesse momento me vestir de homem e falei que eles ainda estava com sorte, e saíram zombando de minha triste história.

Bem tem dois comentários que quero fazer, o primeiro é que eu perdi uma das minhas melhores histórias, que contava a todos, que nunca tinha sido assaltado em toda a minha vida, que e apenas teve uma frustrada e hilária situação, o ano era de 1990, todos estavam em uma reunião da UMES Belém, na saída da reunião alguém comentou que haveria uma festa na Cremação e que todos estavam convidados, enfim, fomos e lá pela tantas depois de uns copos, de muito conversar e de dançar um pouco, eu o Marcos (Trabalha na UFPA e era da Força Socialista) fomos deixa duas jovens na casa delas que ficava perto da festa, mas na metade o caminho elas aconselharam que deveríamos voltar para a festa.

Seguimos o conselho depois de uma rápida despedida seguimos nosso caminho de volta, nem tínhamos dado alguns passos e de repende, sei lá de onde ele saiu, um sujeito com uma faca a mão, e nos interrompeu de nossa caminhada orgulhosos de nossas conquistas, dizendo para entregar tudo, eu tinha uns parcos recursos, que cabiam em poucas moedas em minhas mão, nem parei o caminhar, apenas seguir jogando em suas mãos toda a minha fortuna, quando dei por mim, vi que o Marcos conversava com o facínora e que relutava em dar-lhe a carteira, preocupado com o seu bem estar, retornei e tentei convencê-lo em entregar a carteira e seguirmos rumo a festa.

Sua relutância ficou mais objetiva, fui mesmo acusado de ajudar o bandido em seu perverso intento de surrupiar seus poucos valores embutidos em sua carteira, e nesse jogo e percebendo a impaciência do meliante, sugerir de forma ríspida ao Marcos que entregasse a carteira ou ele se responsabilizaria, pois eu iria embora, argumentos reforçados pelo bandido que empunhava uma faca Tramontina nova, e que era necessário estabelecer um fim de imediato a situação que nos encontrávamos.

Foi nessa hora que passou alguém correndo ao nosso lado, e alguns segundos depois mais dois ou três perseguiam o primeiro quando o último dos três sacou de uma 38 e atirou a esmo, nesse momento todos tiveram a mesma reação de pular uma pequena cerca que estava do nosso lado e ficamos vendo os disparos em todas as direções e estávamos lá eu, o Marcos e o bandido com a faca, com os rostos colados ao chão, e lá permanecemos por infindáveis segundos, quando acalmou a onda de disparos, o meliante devolveu minhas moedas e nos aconselhou a irmos para a casa onde a festa tinha parado, pois nas palavras dele “ainda haveria muita onda”, seguimos seu conselho e fomos para a festa.

A segunda coisa que quero comentar é sobre a sensação de insegurança que eu tenho agora, e a quem eu devo apelar, a Deus? Desculpe, mas não acredito que ele se preocupe comigo, mas empatamos nem eu me preocupo com ele, mas o fato é que o Governador pulha Jatene foi reeleito prometendo mais segurança, mas o que vimos foi apenas a perseguição aos grevistas da PM no estado, a chacina de negros pobres da periferia e o aumento significativo de furtos e roubos, a pergunta que faço Governador é quando vais levantar a bunda dessa cadeira e trabalhar?

O Pará está cansando de tanta violência e nossas autoridades ficam cercadas de seguranças, com seus carros blindados e câmeras de vigilâncias, mas e a maioria da população vai ficar a mercê de grupos de extermínios e de gangues de ruas? Só para lembra em nossa Constituição a Segurança Pública é papel dos Estados! Se temos problemas de segurança cabe ao Governo do Estado, se não quer assumir suas responsabilidades seu pulha pede pra sair!!!!!!!

Enfim, perdi uma boa história e ganhei o medo de andar nas ruas da minha cidade!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Livro Desejado!

Hoje eu queria te ler igual ao livro desejado,
Queria que tuas páginas te revelassem como cortinas de um espetáculo.
Dormiria cansado sobre tuas folhas, vitorioso e satisfeito,
sonhando ao acordar a teu lado para começar tudo outra vez!




Amanheceria folheando suas páginas como mechas de seus cabelos,
Te colocaria no colo ao final de cada página para poderes sentir meu calor
E a cada página vencida, brindaríamos uma nova conquista!
Explicito em tudo que revela, o livro se deleitaria em coito incessante.

E ao fim a cumplicidade entre leitor e leitura se transformaria em gozo,

mas como o fim nada mais revelaria, sofreríamos a perda da descoberta.
Ficando apenas com a lembrança da aventura vitoriosa, da paixão descoberta.
E inundaríamos o mundo com nossas revelações, para enfim compartilhar novos amores.