O Movimento Acorda Marajó está travando uma luta árdua contra a construção do Presídio em nossa região, uma luta que a cada dia conquista mais e mais adeptos, não somente pelo seu apelo social, mas é a clara demonstração que a população aprendeu a reagir, não mais ficamos esperados sentados deixando simplesmente acontecer, e isso o prefeito Valentin e o Governado Jatene, já deveriam saber.
Mas não estou aqui para discutir a questão do presídio, mas retomar a discussão de transporte, graças a luta do povo marajoara liderado pelo Movimento Acorda Marajó, nós estamos sem aumento das tarifas desde 2011, e mesmo esse aumento teve uma redução em 2013 para o atuais R$ 20,00.
Agora cabe a pergunta e daí?
O que temos a fazer agora? Já estamos satisfeito com o sucesso das nossas manifestações? O que de fato mudou? Quase nada, fora a conquista do preço da tarifa, ainda somos tratados como gado humano, seja nos navios como nas balsas, a qualidade dos transportes que são oferecidos para nossa população está abaixo do criticável, bem abaixo, diga-se de passagem.
A bem da verdade, desde que começamos a discutir os valores da passagem, debatíamos a renovação da frota de navios, que em média tem mais de 70 anos, discutíamos também a quebra do monopólio, e a abertura para novas linhas e novas empresas, com modalidade diferentes de horário e de preços, buscávamos assim uma melhoria gradual e permanente para a questão do transporte entre a região e a capital do Estado.
Esse seria, em nosso entendimento, o grande obstáculo para o desenvolvimento local com sustentabilidade, pois a região tem claramente amplo aspectos turísticos que poderiam ser melhor aproveitados, se tivesse de fato uma maior facilidade no acesso a essa região do Marajó. E não somente isso a concorrência certamente iria fazer os preços baixarem, só para dar um exemplo do que o monopólio faz com os preços em nossa região, podemos tomar o exemplo dos combustíveis, conversando com um empresário do setor, ele garantiu que paga para transportar para a região do Baixo-Amazonas seu óleo combustível, o valor de 0,8 centavos por litro, já para o Marajó esse mesmo custo sobre para 0,18 centavos de real.
Não cabe aqui realizar uma analise detalhada para saber que essa disparidade de valores tem apenas um único responsável: o monopólio. Imaginem a distancia a partir do ponto de partida e o que seria lógico se transforma em tragédia!
E agora?
Desde janeiro de 2013 os preços estão congelados por determinação do Juiz da Comarca de Salvaterra, e desde junho os valores cobrados pela Henvil nas balsas foram também congelados pela mesma Comarca.
Essa é a realidade que estamos hoje, com o intuito de reafirmar nosso compromisso com o debate, devemos manter novamente contato com os empresários do setor e com a ARCON-PA, para que possamos voltar a mesa de negociações diversos pontos de nossa pauta estão simplesmente parados!
Em nossa última reunião com os empresários eles nos ameaçaram que trocariam os barcos, já velhos e sucateados, por barcos menores e de madeira, assim eles reduziriam os custos em relação a cada viagem e quem vai pagar o pato dessa mudança somos nós! O povo do Marajó!.
O que temos que fazer é começar a debate o que temos que fazer?
Porque já sabemos que a ARCON-PA simplesmente não liga, não dá a mínima para o povo do Marajó, afinal segue o enredo estabelecido pelo governador, e as empresas, querem o obvio reduzir seus custos, com diminuição do uso de combustível, com o pessoal e finalmente com os impostos para claramente aumentar seus lucros!
Quero deixar claro que não falo em nome do Movimento Acorda Marajó, apenas participo dele, e confesso que nos últimos meses tenha estado ausento da luta, mas mesmo distante tenho olhado e apoiado com carinho todos os meus companheiros e companheiras de luta.
Vamos a luta!
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