sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Tome cuidado, você poderá ser a próxima vítima!

Na noite de 09 de dezembro de 2014 eu perdi uma excelente oportunidade para ficar em casa, mas como sempre a fome falou mais alto e fui a padaria comprar poucos pães para saciar minha indolente fantasia de ficar magro, mas o que quero discutir aqui não é minhas medidas, mas sim o que ocorreu no retorno da deliciosa padaria que fica na Padre Eutíquio, quase esquina com a 09 de Janeiro, como ia dizendo, no retorno caminho calmamente sem pensar em nada, um caminhar tranqüilo pelo início de noite na Condor, tenho muitas histórias boas da Condor, mas essa não é o caso.




Contudo, retornando ao assunto fui assaltado, sim um assalto a mão armada, para aqueles que não entendem a diferente de um furto e de um assalto é exatamente essa, o furto é uma modalidade de roubo mas as escondidas, já o assalto é um roubo com violência.

Dois homens armados com uma pistola calibre 45, fui abordado na rua, a menos de 50 metros de minha casa, sabe foi uma situação tão inesperada que mal tive reação, apenas entregar meu celular e o troco do pão, só reagir quando os assaltantes ficaram decepcionado com a marca e o modelo do celular e o trocados em meu bolso, foi nesse momento me vestir de homem e falei que eles ainda estava com sorte, e saíram zombando de minha triste história.

Bem tem dois comentários que quero fazer, o primeiro é que eu perdi uma das minhas melhores histórias, que contava a todos, que nunca tinha sido assaltado em toda a minha vida, que e apenas teve uma frustrada e hilária situação, o ano era de 1990, todos estavam em uma reunião da UMES Belém, na saída da reunião alguém comentou que haveria uma festa na Cremação e que todos estavam convidados, enfim, fomos e lá pela tantas depois de uns copos, de muito conversar e de dançar um pouco, eu o Marcos (Trabalha na UFPA e era da Força Socialista) fomos deixa duas jovens na casa delas que ficava perto da festa, mas na metade o caminho elas aconselharam que deveríamos voltar para a festa.

Seguimos o conselho depois de uma rápida despedida seguimos nosso caminho de volta, nem tínhamos dado alguns passos e de repende, sei lá de onde ele saiu, um sujeito com uma faca a mão, e nos interrompeu de nossa caminhada orgulhosos de nossas conquistas, dizendo para entregar tudo, eu tinha uns parcos recursos, que cabiam em poucas moedas em minhas mão, nem parei o caminhar, apenas seguir jogando em suas mãos toda a minha fortuna, quando dei por mim, vi que o Marcos conversava com o facínora e que relutava em dar-lhe a carteira, preocupado com o seu bem estar, retornei e tentei convencê-lo em entregar a carteira e seguirmos rumo a festa.

Sua relutância ficou mais objetiva, fui mesmo acusado de ajudar o bandido em seu perverso intento de surrupiar seus poucos valores embutidos em sua carteira, e nesse jogo e percebendo a impaciência do meliante, sugerir de forma ríspida ao Marcos que entregasse a carteira ou ele se responsabilizaria, pois eu iria embora, argumentos reforçados pelo bandido que empunhava uma faca Tramontina nova, e que era necessário estabelecer um fim de imediato a situação que nos encontrávamos.

Foi nessa hora que passou alguém correndo ao nosso lado, e alguns segundos depois mais dois ou três perseguiam o primeiro quando o último dos três sacou de uma 38 e atirou a esmo, nesse momento todos tiveram a mesma reação de pular uma pequena cerca que estava do nosso lado e ficamos vendo os disparos em todas as direções e estávamos lá eu, o Marcos e o bandido com a faca, com os rostos colados ao chão, e lá permanecemos por infindáveis segundos, quando acalmou a onda de disparos, o meliante devolveu minhas moedas e nos aconselhou a irmos para a casa onde a festa tinha parado, pois nas palavras dele “ainda haveria muita onda”, seguimos seu conselho e fomos para a festa.

A segunda coisa que quero comentar é sobre a sensação de insegurança que eu tenho agora, e a quem eu devo apelar, a Deus? Desculpe, mas não acredito que ele se preocupe comigo, mas empatamos nem eu me preocupo com ele, mas o fato é que o Governador pulha Jatene foi reeleito prometendo mais segurança, mas o que vimos foi apenas a perseguição aos grevistas da PM no estado, a chacina de negros pobres da periferia e o aumento significativo de furtos e roubos, a pergunta que faço Governador é quando vais levantar a bunda dessa cadeira e trabalhar?

O Pará está cansando de tanta violência e nossas autoridades ficam cercadas de seguranças, com seus carros blindados e câmeras de vigilâncias, mas e a maioria da população vai ficar a mercê de grupos de extermínios e de gangues de ruas? Só para lembra em nossa Constituição a Segurança Pública é papel dos Estados! Se temos problemas de segurança cabe ao Governo do Estado, se não quer assumir suas responsabilidades seu pulha pede pra sair!!!!!!!

Enfim, perdi uma boa história e ganhei o medo de andar nas ruas da minha cidade!

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