quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O FIM DO PED E DO PT?

A eleição interna para direções do PT se aproxima, e percebo que o debate não alçou o voou necessário e o clima morno não ajuda aperfeiçoar o debate, mas também não tenho lenha para colocar no fogo, quem tem não se manifesta, a mim cabe somente construir a percepção marxista sobre o futuro do PT, decorrente das mexidas no tabuleiro.



Primeiramente ao PT cabe uma profunda revisão de sua condição partidária, ou ele caminha para a adaptação completa ao regime político, rompendo definitivamente seus laços com os movimentos sociais de luta e emancipação dos explorados ou em sua indefinição, perde apelo popular, restringindo-se ao gueto eleitoral-burguês, e sem elaboração de uma proposta programática real que possa avançar em direção a conquistas históricas dos trabalhadores.

Ou em um segundo momento deixa rolar, após o PED, terá eleições gerais no país, o PT sai vitorioso com um leque grande de alianças, ficando cada vez mais refém do PMDB e do centro-direita, e com isso todo o processo de entupimento ideológico afetando diretamente nas artérias compondo de amarelo a vermelhidão do PT, causando o seu mais profundo abalamento, terminado o PT será apenas letra morta, sua militância, sua força teórica e sua história ficam apenas na memória de antigos militantes que acabam sendo absorvidos pelo aparato estatal.

Em todos os dois cenários o PT deixa de ser agende do processo de transformação social e acaba, literalmente, acaba!

Outra possibilidade é o PT aprender com seus erros e equívocos e revitalizar sua gigantesca estrutura partidária, modernizando-a para enfrentar seu principal desafio, romper com o ciclo de poder e se tornar o partido social que ele tem que ser e não somente o partido eleitoral o qual se tornou.

Para isso o PT deve romper os círculos de interesses que as tendências se transformaram, em verdadeiras gangues que brigam pelo poder financeiro, burocratas sem almas e opiniões, reformulando sua perspectiva, não para se revolucionária, mas para se manter pelo menos transformadora, rompendo com qualquer possibilidade de se aliar a direito e ao imperialismo norte-americano.

A Chapa A Hora e a Vez da Militância, de uma só vez representa para o Brasil e para o Pará, um tipo de ruptura que deixa um legado por gerações, a militância não deixará o PT se tornar torpe sem luta! O primeiro passo para isso é defender o fim do Direito de Tendências, tornando-as esporádicas e congressuais, o segundo é construir um tribunal interno para investigar e punir denuncias contras filiados em todo o país e por fim, realizar um congresso de refundação do PT e trilhar o aprofundamento radical do Governo Dilma, como foi por exemplo o programa Mais Médicos!


Não há mais volta! Ou caminhamos para a radicalidade das nossas ideias igualitárias ou enterramos o PT! O PED com seus lamentos conjunturais vai ainda saborear uma pitada de sal nesse final de ano, a evolução da conjuntura mundial obrigará o Brasil a se alinhar internacionalmente ao liberalismo ou se constituir como uma alternativa social, seja como for, os rumos políticos nos obrigaram a seguir um dos caminhos aqui descritos, bem senhores e senhoras façam suas apostas!

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