quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Contra quem lutar nesse segundo turno?


Depois do resultado do primeiro turno muitos ainda ficam se perguntando contra quem lutar? Eu do meu lado fico pasmo com os absurdos que estão se cometendo ao se fazer essa pergunta, mas como sou adepto do livre perguntar, a faço e quero responder claramente, devemos ter a obrigação de lutar contra o PSDB, contra Zenaldo! Isso resume nossa ação política em votar e fazer campanha para Edmilson! Pronto, poderia parar por aqui, mas como dizem, não costumo escrever pouco mesmo, vamos lá compreender esse processo, para longe do revanchismo pequeno burguês e para além do sectarismo esquerdista de alguns! No que pese a escolha em fazer frente única com o PSOL nesse segundo turno tem haver diretamente com a invasão soviética ao Afeganistão no final dos anos 70, tem haver com a invasão ianque no Iraque e assim por diante.
Não entenderam, então vamos conversar mais adequadamente! Se uma luta está na frente dos marxistas, sempre ter-se-á um lado, a dos oprimidos e a dos lutadores! Não se pode esperar que ficaremos do lado dos ianques quando eles fazem guerra contra o povo iraquiano, do mesmo modo como hoje não podemos defender a permanência de tropas brasileira no Haiti! Do mesmo modo como faremos luta política pela defesa incondicional do governo bolivariano de Chaves ameaçado pelo imperialismo, mesmo não concordando com sua linha de atuação política de “socialismo do século XXI”.
A tática de frente única foi utilizada pelos bolcheviques russos antes da Revolução de Outubro. O segundo Congresso da Internacional Comunista de 1920 deu a esta tática expressão programática. O objetivo desta é permitir que os operários se unifiquem na luta contra o inimigo de classes comum, mesmo quando a classe trabalhadora se encontre dividida em organizações reformistas e revolucionárias. Como continuidade desta tradição bolchevique, Trotsky afirmava que buscar a maior unificação das massas em suas lutas se impunha “a necessidade da tática de frente única, que nos obriga a concertar alianças circunstanciais com dirigentes reformistas” 
Compreendendo a tática de frente única como uma tática circunstancial, episódica, não permanente, destinada a alcançar a unidade dos trabalhadores e das massas que têm suas organizações dirigidas por reformistas e burocratas, Trotsky ensinava que “a aliança com os reformistas, no momento em que as circunstâncias os obriga a dar um passou ou meio passo adiante, pode ser inevitável. [...] Porém, é necessário saber de antemão que os comunistas romperão implacavelmente com os reformistas tão logo estes dêem um salto para trás.” Palavras simples que mostram a flexibilidade tática com que os revolucionários devem atuar para, diante da dinâmica das direções e organizações operárias concretas e reais, encontrar as mais apropriadas táticas para a unidade dos trabalhadores e desmascaramento dos dirigentes burocráticos, sem capitular ou depositar qualquer ilusão ou confiança nos reformistas.
Contudo e para além do debate dentro do marxismo, algo que já é inócuo dentro do PT, e do PSOL também, que ambos são partidos completamente adaptados ao estado e a legislação burguesa! Portanto, não há diferença entre os dois partidos, mesmo nos discursos, o programa do Ed, nada mais é que o nosso programa com pitadas de elementos de participação popular, revolucionário? Não tem de revolucionário, como o nosso próprio programa nada tem de revolucionário, somos todos centristas acostumados a maré pequeno burguesa que nos mantém vivos sem questionar nosso futuro.
O que fazer com o PT?
Essa é a pergunta, mas para isso teremos que compreender nosso papel, em um estado periférico e um sociedade arcaica e atrasada, e o pior com uma grande história de esquerda, temos em nossa história a única guerrilha que o país já teve, temos a tradição de luta política mais avançada do país, pois já tivemos a Cabanagem, mas enfim, o que eu quero dizer que o PT aqui nunca será o PT de São Paulo, do Rio Grande do Sul, ou do Rio de Janeiro e Brasília, lá já houve um completa adaptação ao valores da institucionalidade, mas aqui, mesmo a direção do PT querendo não adianta, teremos ainda a necessidade de debater, de discutir e reunir!
Então vamos ao debate!
Vamos fazer frente única com o PSOL para derrotar o PSDB e vamos fazer luta política com o PSOL na prefeitura!

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