Hoje não quero pensar em política, duvido que isso possa ser possível,
mas vamos, queria sair para ver o Sol, mas isso me lembra política de
oportunistas que em períodos anteriores, sabiam vir com pires na mão para pedir
ajuda para campanha, e hoje, se mascaram como nobres e éticos.
Queria ver o mar, mas isso também me lembra política, lembra que na
minha querida cidade os "portais" são usados como moeda de troca em
períodos eleitorais, e que Belém tem um dos piores níveis de saneamento básico
do país.
Queria
andar na praia, mas isso me lembra também de política, de como o PT mudou,
assim como a arrebentação muda o visual da praia, as vezes destruindo os muros
de arrimos construídos para dar lugar a uma nova paisagem, que começa pela
destruição, mas a beleza da natureza sempre vencerá pela paciência e sabedoria
de séculos, afinal "água mole..", ansiávamos tanto pelo PMDB, que
ficamos com "a bunda na janela.." como diria Dominguinhos, nossa estratégia priorizou a luta institucional e
não a luta política dentro da sociedade, a luta pela hegemonia tornou-se
apenas quantitativa por cargos.
Queria tomar um bom vinho, mas isso me lembra de política, nossos dirigentes à medida que ficaram mais velhos, foram se acostumando aos sabores da burocracia, a renovação se dará penas pela aceitação das cartilhas, os que fogem e respiram outras idéias vão procurar queijo em outro local, e quando perceberam perguntarão "quem mexeu no meu queijo?"
Queria tomar um bom vinho, mas isso me lembra de política, nossos dirigentes à medida que ficaram mais velhos, foram se acostumando aos sabores da burocracia, a renovação se dará penas pela aceitação das cartilhas, os que fogem e respiram outras idéias vão procurar queijo em outro local, e quando perceberam perguntarão "quem mexeu no meu queijo?"
Queria
andar pela minha cidade agora pela manhã e reconhecer nas pessoais um sorriso,
mas isso me lembra de política, sorriso que tantas vezes foram nossos, e o que
fizemos? Nosso julgamento não está em resultados eleitorais, ainda bem, mas
está na vanguarda que se insurgiu durante a ditadura militar e que lutou pela
democracia, que derrubou Collor e a que elegeu Lula, identifique-se? O que
fizemos com nossos lutadores, aqueles mesmo que não seguem a cartilha!
Queria
ver minha cidade feliz, com saúde, educação, lazer, segurança, com espaços para
meditação e renovação de sua fé, mas com acesso a transporte digno, com
respeito aos mais velhos, com liberdade de escolha em relação a sua
sexualidade, de plenitude pela sua raça, ah! Já sei isso é política, e sim
podemos fazer isso ainda, essa eleição em Belém não terminou, como diria
Cazuza, "saiba que ainda estão rolando os dados..", o que temos que
fazer? Quebrar todos os protocolos,
cartilhas e saberes constituídos, seguir nossos corações e mentes, lembrando
que a cor de nosso sangue é vermelho, lembrando dos companheiros que eram
difamados de social-democratas, mas lutavam e morriam no campo, enquanto uns
ficavam em seus gabinetes, fechados e com ar condicionados, só temos nossas
correntes a perder, eis a nossa constatação, isso que temos que mostrar ao povo
de Belém, peço desculpas aos marqueteiros,
mas hoje em dia eles funcionam como pai de santo, e como dizem, se pai de santo
ganha jogo, como terminaria o campeonato baiano?
Temos que
repactua o PT com um banho de sonho, que não mais se limitaram a sustentar uma
parcela de parasitas, redescobrir os movimentos sociais, não mais apenas em
utilizá-los a bel prazer, pensar em revolucionar nossa cidade, nosso estado e
nosso país, e não apenas administrar, com técnicos e gestores competentes.
Sim,
temos chances de ir ao segundo turno, mas mudando a nós mesmo nesse processo,
irmos além do que jamais fomos, eu sei, isso nos dá medo e receio, mas é isso
que esse povo lutador e sofrido de nossa cidade faz todo dia, para pagar seu
aluguel, sua conta de luz e água, para colocar comida na mesa, essa coragem que
precisamos.
Não
podemos temer a nossa gente, a nossa cultura de subversão aos ditames, rogo aos
céus que essas palavras possam encontrar ressonância, para quem sabe assim
possamos salvar o partido, nosso projeto e nossa cidade.
Oxalá me
permita que meus críticos possam ir além do que me chamar de louco ou
mentecapto, mas que possam construir sínteses, e que minhas palavras não sejam
ouvidas como preces, como diria Oswaldo Montenegro, mas que se foram, ainda
temos tempo de mudar esse jogo, só depende de nossas ações!
1 comentários:
Ei mano, valeu pelo texto, mas vamos ver como isso se realiza em nossa campanha... no programa de rádio, no programa de televisão, nas nossas andanças pelas ruas... Impossível?! Nós nunca ligamos muito pra esta palavra... Vamos lá, fazer o que será!
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