sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Movimento Muda PT e a atual crise política!

Movimento Muda PT e a atual crise política!
Até aonde as correntes que querem mudar o PT compactuaram com a colaboração de classes do Campo Majoritário?


Sim todos sabem que o PT está em crise e acabou de sair derrotado de uma eleição!

Sim todos sabem que o PT errou e continua errando em sua estratégia de se opor ao golpe, a inércia do PT é a paralisação de toda a estrutura combalida dos movimentos sociais!

Sim todos sabem que o PT tentou se transformar em uma parte do estado, burocratizando sua militância, para sobreviver com parasitas estatais, e em boa medida eles ainda sobrevivem, em sindicatos e Ong’s, por exemplo!

Então como é esse negócio de Mudar o PT?

Nessa mudança não se dará do dia para noite, principalmente se não mudarmos o método como o PT se organiza, pois os dirigentes seculares que estão no comando do partido não vão deixar suas lucrativas atividades militantes!

As correntes que chamam essa mudança Articulação de Esquerda, Avante S21, Esquerda Popular Socialista, Mensagem ao Partido e Militância Socialista, sempre foram satélites do grupo majoritário e ajudou na gestão do Governo Lula e Dilma, sendo corresponsáveis pelo sucesso e pelo fracasso, tanto do PT como do Governo.

Todas as estratégias até agora vinculadas as mudanças colocam os movimentos sociais e o próprio PT na espera de 2018, paralisando assim toda a resistência e sendo conivente com os ataques a democracia, ataques aos direitos e acima de tudo, ataque as nossas conquistas democráticas!

Em seu manifesto o Muda PT chama um congresso para renovar a direção do Partido, mas não fala dos critérios de participação do congresso, se for respeitado as atuais regras, apenas uma camarilha, de burocratas, continuarão a mandar e desmandar no PT, impedindo, de sobremaneira, a participação de militantes de base.

Não reconhece nesse movimento nenhuma ação honesta que rompa com a colaboração de classes, que rompa com a ilusão no processo eleitoral, que rompa com a perspectiva pequena burguesa de bem estar social, que rompa com a política de reformas.

Por isso, não reconhecemos esse movimento como um saída para a crise do PT, é uma tentativa frustrada de ser colocar como campo alternativo para investimento de uma pequena parcela da própria burocracia e por fim de tentar ainda ser auxiliar do Capitalismo na boa gestão do Estado.

O que nós propomos:

· Que o congresso do PT seja aberto a todos os filiados ao Partido, e que, seja antecedido de congressos zonais, municipais, regionais, estaduais e que os delegados eleitos possam ter representante da maioria e da minoria.

· Que todas as teses apresentadas possam ser publicadas, sem a necessidade de números mínimos de assinaturas ou qualquer tipo de barreira burocrática.

· Que todas as direções do PT renunciem imediato, e que plenárias zonais, municipais, regionais, estaduais e nacionais, tirem uma direção provisória para organização do congresso.

· Ao mesmo tempo, com essa mobilização devemos, discutir mecanismo de participação popular do PT, uma ideia é chamar um congresso ou encontro das ocupações que hoje ocorre nas escolas e nas universidades para então, e a partir dele, organizar uma frente única com todos os setores da esquerda, em uma grande frente anti-golpe e pela derrubada do atual governo: Fora Temer!

Essas medidas são apenas um começo de um debate maior, mas necessário dentro e fora do PT!




"Declaração da Plenária das/os militantes que querem Mudar o PT

Reunidos no Diretório Nacional do PT no dia 17 de outubro de 2016, em Brasília, militantes de vários coletivos, tendências e movimentos populares realizaram uma grande plenária em defesa de mudança de rumos do Partido dos Trabalhadores.

Diante do golpe de Estado contra a democracia, os direitos sociais e a soberania nacional, reafirmamos nossa disposição de lutar contra o governo golpista de Michel Temer e em defesa de Lula e de um PT socialista, democrático e de massas.

Conclamamos a toda a militância do nosso partido a ocupar as ruas e os espaços do Partido dos Trabalhadores em defesa de um grande e imediato Congresso do PT, que seja capaz de apresentar uma nova estratégia, programa e direções partidárias.

A vida nos exige coragem e o que nos une é a disposição de mudar o PT. A atual maioria do partido, além de se negar a reagir à gravidade do momento que vivemos, quer limitar o debate partidário a realizar ou não um PED - Processo de Eleições Diretas.

Nossos sonhos e lutas não cabem nesses artifícios burocráticos. Queremos mudar o PT para reconquistar o apoio da classe trabalhadora, da juventude e das novas lutadoras e lutadores sociais mobilizados em todo o Brasil.

Realizaremos nos próximos dias 3 e 4 de dezembro um grande Encontro com todas e todos os que querem mudar o nosso partido. Que este debate seja levado para todos os diretórios, movimentos populares, sindicalistas da CUT, intelectuais e lutadores sociais do país.

Brasília, 17 de outubro de 2016."



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