sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Uma bunda ofuscou Brasília.





Confesso que não tenho acompanhado a minisérie Felizes para Sempre?, da TV Globo, tem causado uma sucessão de raiva e incertezas às mulheres nas redes sociais, revoltadas com tanta segurança dessa jovem atriz, que desfila de calcinha pelas TV 's brasileiras, como estivesse em sua casa. 

Não é novidade que sexo vende, a industria pornô é uma das maiores do planeta, segundo Matt Frad, em seu livro “Your Brain on Porn”, que a Websense, o número de sites de pornografia passou de 88.000 em 2000 para quase 1,6 milhão em 2004. E em 2002 , 11.300 filmes de pornografia foram liberados, em comparação com 470 de Hollywood. E ainda, que na meta-análise de 46 estudos publicados entre 1962-1995, compreendendo uma amostra total de 12.323 pessoas, os pesquisadores concluíram que material pornográfico aumenta risco de :

- Desenvolvimento de tendências sexuais desviantes (aumento de 31 % no risco ) 
-Cometer crimes sexuais ( aumento de 22 % no risco ) 
- Aceitar mitos de estupro (aumento de 31 % no risco )

Enfim, o sexo vende e a Rede Globo sabe disso, em momento que seu Voyeurismo BBB não decola, ela ataca de Paola Oliveira mostrando o bumbum, mas voltando, vi dezenas de situação onde as mulheres destilam sua ira contra a atriz (ou atrás) que se comunica com seu corpo e que devo salientar que comunicação, mas brincadeiras a parte é que com esse trabalho, ou especificamente de seus glúteos, Paola Oliveira, está deixando de lado um bom momento para apresentar Brasília aos brasileiros.

A fotografia da minisérie é impecável no que se refere aos fundos verdes e azuis de Brasília, seus pontos turísticos, suas mansões do lago, a relação venal no poder, mesmo a forma satírica de representar essa nova corja de burocratas de Brasília, com sexo, promiscuidade e a representação do nada, fica devendo a Brasília e a seu povo a uma melhor apresentação do espaço desenhado por Niemeyer.

Dos espaços vazios que nos convida a pensar na vida, do clima quente e seco, da tranqüilidade filosófica que deixa Brasília como uma capital espiritual do país, sua própria estrutura nos permite ver que a cidade foi construída para o bem estar de sua população.

Mas os anos se passaram e a capital do país que estava sendo planejada para 200 mil habitantes em 2000, já tinhas mais de dois milhões e cresce a cada dia, com isso trazendo problemas sociais e políticos, a capital da republica, apesar de suas belezas, tem nos seus contrastes sua verdadeira identidade, não é a do Rock do Legião e do Capital Inicial, mas sim a do Rapper de Ceilância, cantando a realidade da periferia do DF.

Brasília não pode e nem deve ser julgada pelos os híbridos habitantes dos corredores do poder político do país, e nem com que eles fazem em seus gloriosos momentos de fuder historicamente com o país.

Mas é isso que brasileiro gosta de bunda, e de xingar Brasília (espero que assim eu aumento os cliques do Dilacerado), para poder entender que o país está sofrendo uma profunda mudança de rumos, mas que ainda é pequeno e tímido, temos que compreender que as mudanças estruturais não podem ser travadas dentro das institucionalidades, e que somente uma ação organizada de radicais, pode trazer a verdadeira justiça social que queremos.

Por enquanto o sonho não venho quero me solidarizar com o povo de Brasília, que não vê os seus pilotis sendo explorados pelo seu lado urbanísticos, e que as únicas cursas são as do quadril de Paola Oliveira.



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