terça-feira, 20 de outubro de 2015

Manifesto Cannabista

Não é de hoje que somos diferentes, somos todos e somos vários, usuários de Cannabis, sofrendo perseguição, preconceito, sendo roubados, enganados e torturados em nosso dia-a-dia, não pensem que a vida de quem fuma um é vida fácil, e tenham a convicção que a vida fácil é mais que um sonho, é uma ideologia de vida. Que só pode ser compartilhada com a felicidade de todos, o que no Capitalismo não é algo normal ou natural, o que na lógica do capitalismo deixa de ter espaço.





Por isso somos rebeldes de carteirinha, uma rebeldia com a justificativa da luta social como elemento transformador da sociedade, mas enquanto a luta estratégica tem se mostrado lastimável, a luta imediata como o debate sobre a Maconha têm se mostrado útil aos interesses dos explorados, e por isso, nos explorados pelo capitalismo temos o direito social e individual de fumar “um”, mas para isso é necessário uma série de ritos que devem ser respeitados, mas fundamentalmente devemos obedecer em seus mais delicados objetivos.

Contudo, esse manifesto tem mais o objetivo de debater a ação penal em que se discute se o usuário de droga afeta outras pessoas com sua conduta? Por enquanto os votos iniciais foram que não afetam, logo é foro individual, onde o Estado não deve invadir, portanto, não é crime.

O Manifesto se manifesta para dizer que exigimos nossos direitos e se isso for considerado crime, ai sim! Digo que essa merda de sistema não tem mesmo saída, crise maior que a completa falência do estado de direito não há, pena que ela não foi conduzida por nós, sob a tutela do partido bolchevique, se o fosse nossos muros teriam mais sangue do que balas!

Enfim, nosso manifesto é para dizer isso em alto e bom som para que todos possam escutar, somos favoráveis ao nosso direito individual inviolável, seja no capitalismo ou mesmo no socialismo, essa é a nossa diferença, a questão da utilização recreativa de Cannabis é uma questão transversal e já assume proporções históricas inigualáveis e que certamente está mais que na hora de quebrarmos em definitivo algumas regras antigas e que precisam ser revisitadas e revistas o quando antes.

O novo se erguendo em plena crise é bem mais que possível, é também necessário e por isso esse debate no Supremo permite fazer esse dialogo, mas longe de falarmos por tanta gente, não temos essa pretensão e nenhum usuários também não terá, por que para falar em nosso nome, resta ter em mente mais ativa do que cana, nossa fórmula de decisão e de conforto é absolutamente, concisa e consensual, naturalmente.

Por que ela é construída em cada ritual, a cada dia e com certa regularidade com certeza, não é simplesmente fumar é compartilhar idéias e sentimentos, momentos de criação e prazer, mas acima de tudo é motivo de preocupação, uma atividade recreativa sim, isso é o que nos motiva, não bastasse o estresse de todo dia, com ruas engarrafadas, buzinas, TV, celular, enfim, o mundo moderno chegou, pois bem vamos conviver com ele e cada um segundo seu próprio conceito de trabalho e prazer.

O nosso privilégio é o momento amigo, o momento de relaxar e treinar o cérebro, está na hora de exercitar hipóteses e cores, luz e sons, mas acima de tudo de confraternizar com ego uma experiência de paz e tranqüilidade, que nos renova para o dia seguinte.

Mas além do estresse normal de todos, ainda tempos que nos preocupar em não levar o conto do avião, momentos de terror, pois ainda estamos sendo vigiados e perseguidos pelo Estado, que como intruso, invade nosso privilégio sagrado a vida privada, além de todo preconceito que sofre o maconheiro, sim termo pejorativo que taxa como viciados sem solução, eles devem se banidos da convivência social, são promíscuos em seus valores e danosos aos nossos filhos e filhas com tão má conduta, criamos nossos próprios complexos, esse seria o de Geni?

Somos milhões nesse país, no mundo onde mais de 147 milhões de usuários casuais ou não, fumam maconha, sem contar a quantidade de impostos que simplesmente não são pagos que poderiam render mais educação e mais escolas, esse sim caminho natural para superação dos males social, ou na eliminação precoce do prazer, mas enfim, esse é outro debate, a descriminalização do uso é um primeiro passo, mas queremos é a legalidade, de ver que cigarros e álcool são simplesmente aceitáveis, mesmo eles matando mais que a Maconha.

Não quero aqui listar justificativas e nem dar explicação, basta, queremos apenas o nosso direito a ter uma vida privada e nada mais, direito garantido na Constituição de 1988!

Queremos poder fumar o nosso no local determinado, pois são nossas mentes que alcançam vôo, sem o medo de levar baculejo de Policia Militar, ou ter medo de sair roubado, levar um conto do avião, enfim, que eu posso ser cidadão em pleno direito e vivendo sobre a proteção do Estado.

Só assim poderemos sentar a praia em rodas grandes de amigos, ouvir um violão, dechavar calmamente, aperta um de acordo com o sabor e a qualidade do fumo, afinal sabemos que fumo palha teve ser fumado com mais fumo, e um pernal sempre é bom colocar pouco, e assim por diante. Essa cultura de compartilhar pequenas coisas, nos une a uma irmandade maior que é cultivada a partir da Cannabis e que não é um seita, uma igreja ou mesmo um templo, pois mais que seja sagrada, ela é do povo, da praia, do morro, da favela, da praça da Republica, de todos os cantos.

Se o restante dos Ministros do Supremo acompanhar os votos dados até agora estará iniciada uma nova etapa na luta pela discriminação, mas ainda falta muito para a legalização, temos que conversar, verificar quais as formas que podemos nos utilizar de nossos direito, quais serão os impactos, enfim, temos muito o que conversar e a propósito, esse manifesto tem que ser construído por todos em uma roda, vamos marcar?








Link’s úteis














http://super.abril.com.br/ciencia/a-verdade-sobre-a-maconha


http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/08/stf-julga-artigo-da-lei-de-drogas-e-discute-se-e-crime-posse-para-usuario.html






Centro de estudos e reflexões canabicas. Reúne às sextas na CU da UFPª. Sempre que haver bandeiras hasteadas mesas e cadeiras pra estudos, reuniões e debates.

0 comentários: