segunda-feira, 21 de julho de 2014

ACIDENTE IMPEDE PARTIDA DE NAVIO NO NOVO TERMINAL HIDROVIÁRIO

No último dia 19, o Navio Mercante Soure sofre um acidente, as últimas notícias é que ele foi desatracar do porto no novo Terminal Hidroviário de Belém, que normalmente acontece as 14:30h, para sua viagem diária para o porto na Foz do Rio Camará, mas que devido a ancoragem de outra embarcação com destino a Macapá, houve um colisão.




Essa noticia, por si, é preocupante, ainda mais em um mês atípico como é o mês de julho para o arquipélago do Marajó, que nesse mês recebe diversos turistas, e sem o principal barco que faz essa ligação, deve ter problemas sérios para levar e trazer essa população sazonal.

Contudo o que é preocupante é a limitação de espaço que esse novo terminal trás para a cidade, pois esse acidente no mínimo mostra que apesar do novo terminal, e com isso o fluxo maior de embarcações que aportam na cidade, não há, repito, não há um equipe para controle de fluxo dos navios, pois se houvesse, esse tipo de acidente não ocorreria.

Deve-se entender que a navegação nessa região é assim, barcos não têm freios, e a colisão entre eles e os portos são típicas, mas normalmente são assentadas em pneus que fornecem ao impacto ima refração segura e por assim dizer estacional. 

As cenas que aparecem na TV e nos comentários registrados no levam a crer que a colisão não se deu em uma simples aportação, mas ao contrário, se deu na verdade na saída do Navio Mercante Soure, e com isso abriu um rombo no casco do navio impedindo dele realizar a viagem programada, cabe a ARCON verificar os motivos de sua não viagem e atuar a empresa BANAVE, responsável pelo comodato do Navio e a Capitania dos Portos investigar o acidente, mas que não deve ter prejuízo é a população que se utiliza do porto e dos navios que fazem a viagem para o Marajó.



Já faz alguns meses que o Movimento Acorda Marajó vem alertando para a possibilidade de acidentes com esses navios, além do tempo de uso deles, alguns com mais de 60 anos, tem a intempéries da baia do Guajará, além é claro da duvidosa qualificação de seus tripulantes, vide exemplo disso foi o não resgate de um naufrago pelo Navio Marcos Matheus em maio passado, o qual veio a falecer e seu corpo foi encontrado em Abaeté, a pergunta agora é até quando vamos verificar esses inúmeros incidentes e acidentes, vamos esperar acontecer alguma coisa mais grave para tomar as medidas cabíveis e as providencias necessárias para impedir esses atos criminosos?

Temos que começar a pensar que o transporte para o Marajó deve ser feito com dignidade e urbanidade, que os preços sejam justos e que possa haver mais de uma opção de escolha para os passageiros, e em relação as balsas é mais que necessário quebrar o monopólio desse contrato imoral do Governo do Estado com a Henvil Navegações e com isso abrir para novas empresas a concorrência, evitando assim os absurdos e destemperes de seu proprietário, mas isso o Movimento Acorda Marajó já está providenciando um abaixo assinado que vai percorrer a região do Arari e a região metropolitana para colher 50 mil assinaturas para dar fim a esse monopólio.

No mais estamos felizes em que não tenha ocorrido uma tragédia nesse acidente, mas do mesmo modo, deixamos um alerta, não podemos esperar o óbito de pessoas para tomar conhecimento dessa grave situação que é viajar para o Marajó, temos que mudar isso em nome da segurança, do conforto e da qualidade do modal de transporte, essa é a bandeira de luta do Movimento Acorda Marajó e a nossa!

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