quinta-feira, 13 de março de 2014

O Transporte no Marajó e o preço da Cesta Básica.

O Movimento Acorda Marajó depois de quase um ano de muita luta já obteve várias vitórias, mas ainda há muito que fazer.  Se no primeiro momento de luta conseguimos impedir o aumento das tarifas entre Belém e o Camará, no mesmo período ainda conquistou-se a redução dos valores cobrados de 21,78 para R$ 20,00 (vinte reais), fato inédito em toda a história de nossa região, depois assinamos um acordo com os empresários do setor de navegação de passageiros, na qual o preço ficaria congelado por três meses, eles cumpriram o acordo e o preço das passagens se manteve no mesmo valor, após o período os empresários, por receio ou pior medo, mantiveram os valores inalterados, contudo em janeiro desse ano eles aumentaram os valores para R$ 24,98, após dias de lutas, os empresários recuaram, uma vitória sem sombra de dúvida!

Nesse mesmo período a Procuradora de Justiça do Estado, de Salvaterra, conjuntamente com a Defensoria Pública do Estado entraram com um a ação de aumento abusivo, solicitando a imediata redução das tarifas, na qual o Juiz da Comarca deu parecer favorável. Na leitura do processo percebe-se que a comoção social, provinda da ação do Movimento Acorda Marajó teve uma repercussão favorável a decisão da Justiça. Contudo, pode-se concluir que o povo na rua foi determinante para essa decisão!

Deixando de lado a questão jurídica, sabemos que os empresários e a ARCON (PA) que foram citados no processo têm recursos suficientes para ajuizarem seus recursos e interpelações, mas mesmo assim, a morosidade da Justiça se fará presente, e eles mesmos com os prazos cumpridos, estarão sujeitos a tarefa hercúlea da Comarca. O que importa mesmo são nossas ações futuras, já que o preço das tarifas está congelado por determinação da Justiça do Estado. E decisão judicial não se discute, se cumpre!


Nesse sentido, um dos debates que houve em nossa mobilização foi em relação ao preço dos alimentos que compõe a cesta básica (conforme tabela abaixo), e seus impactos na economia e na vida da população local, considerando que o preço da logística para trazer esses produtos para o arquipélago do Marajó encarecem seu preço final.



Não há menor necessidade de se realizar especificamente uma pesquisa de preço, basta ir ao mercado em Salvaterra, Soure ou mesmo em Cachoeira do Arari para se verificar que o preço do feijão, do arroz do óleo, enfim, certamente não é só a crise econômica que o país atravessa, mas os preços dos alimentos são diretamente atingidos pelos custos de transportes, e quem paga o preço final certamente são os consumidores, que não tem seus salários indexados pelas tarifas das balsas que fazem esse transporte para nossa região.

Fomos convidados pela Henfil Transportes para acompanhar a construção de uma nova Balsa, maior e mais segura, e segundo eles mais rápida, na oportunidade a direção da Henfil comentou que teria feito um estudo para desoneração dos impostos e que disponibilizaria esse estudo para o Movimento Acorda Marajó, fato que ainda não aconteceu.

Temos que nos organizar e verificar como vamos iniciar essa tarefa de luta, pois os preços que pagamos nos alimentos da cesta básica representam um valor maior no impacto da renda de nossos municípios, logo o Movimento Acorda Marajó, inserido nesse debate teve providenciar canais de comunicação que envolvam, governo, empresários, agência de regulação e a sociedade marajoara para começar imediatamente esse debate para diminuir os valores da cesta básica em nossa região.

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