O Movimento Acorda Marajó
depois de quase um ano de muita luta já obteve várias vitórias, mas ainda há
muito que fazer. Se no primeiro momento
de luta conseguimos impedir o aumento das tarifas entre Belém e o Camará, no
mesmo período ainda conquistou-se a redução dos valores cobrados de 21,78 para
R$ 20,00 (vinte reais), fato inédito em toda a história de nossa região, depois
assinamos um acordo com os empresários do setor de navegação de passageiros, na
qual o preço ficaria congelado por três meses, eles cumpriram o acordo e o
preço das passagens se manteve no mesmo valor, após o período os empresários,
por receio ou pior medo, mantiveram os valores inalterados, contudo em janeiro
desse ano eles aumentaram os valores para R$ 24,98, após dias de lutas, os
empresários recuaram, uma vitória sem sombra de dúvida!
Nesse mesmo período a
Procuradora de Justiça do Estado, de Salvaterra, conjuntamente com a Defensoria
Pública do Estado entraram com um a ação de aumento abusivo, solicitando a
imediata redução das tarifas, na qual o Juiz da Comarca deu parecer favorável. Na
leitura do processo percebe-se que a comoção social, provinda da ação do
Movimento Acorda Marajó teve uma repercussão favorável a decisão da Justiça.
Contudo, pode-se concluir que o povo na rua foi determinante para essa decisão!
Deixando de lado a questão jurídica,
sabemos que os empresários e a ARCON (PA) que foram citados no processo têm
recursos suficientes para ajuizarem seus recursos e interpelações, mas mesmo assim,
a morosidade da Justiça se fará presente, e eles mesmos com os prazos
cumpridos, estarão sujeitos a tarefa hercúlea da Comarca. O que importa mesmo
são nossas ações futuras, já que o preço das tarifas está congelado por
determinação da Justiça do Estado. E decisão judicial não se discute, se
cumpre!
Nesse sentido, um dos
debates que houve em nossa mobilização foi em relação ao preço dos alimentos
que compõe a cesta básica (conforme tabela abaixo), e seus impactos na economia e na vida da
população local, considerando que o preço da logística para trazer esses produtos para o arquipélago do Marajó encarecem seu preço final.
Não há menor necessidade de se
realizar especificamente uma pesquisa de preço, basta ir ao mercado em
Salvaterra, Soure ou mesmo em Cachoeira do Arari para se verificar que o preço
do feijão, do arroz do óleo, enfim, certamente não é só a crise econômica que o
país atravessa, mas os preços dos alimentos são diretamente atingidos pelos
custos de transportes, e quem paga o preço final certamente são os
consumidores, que não tem seus salários indexados pelas tarifas das balsas que
fazem esse transporte para nossa região.
Fomos convidados pela Henfil
Transportes para acompanhar a construção de uma nova Balsa, maior e mais
segura, e segundo eles mais rápida, na oportunidade a direção da Henfil
comentou que teria feito um estudo para desoneração dos impostos e que
disponibilizaria esse estudo para o Movimento Acorda Marajó, fato que ainda não
aconteceu.
Temos que nos organizar
e verificar como vamos iniciar essa tarefa de luta, pois os preços que pagamos
nos alimentos da cesta básica representam um valor maior no impacto da renda de
nossos municípios, logo o Movimento Acorda Marajó, inserido nesse debate teve
providenciar canais de comunicação que envolvam, governo, empresários, agência
de regulação e a sociedade marajoara para começar imediatamente esse debate
para diminuir os valores da cesta básica em nossa região.
0 comentários:
Postar um comentário