sexta-feira, 18 de março de 2016

Pobres canalhas – Uma análise marxista sobre as acusações ao PT.

Pobres canalhas – Uma análise marxista sobre as acusações ao PT.


Não cante vitória muito cedo, não.
Nem leve flores para a cova do inimigo,
que as lágrimas do jovem
são fortes como um segredo:
podem fazer renascer um mal antigo.
(Blechior)





Recentemente estamos meio perplexos com a dita crise política, que dentro de sua caoticidade assemelhasse a fase mais normal da própria política, de faceta que não está sendo comumente usado, e ao retornar, clama por um fervor novo, mas que em suas entranhas nada mais são do que a real face do fascismo, base única das sociedades capitalistas.


É de uma canhalice desmedida e absolutamente desnecessária, aos poucos que possa convencer apenas um aviso, é apenas a face limpa das virtudes expostas das diferenças sistêmicas, e contra tudo que sempre lutamos.

Pobres canalhas não conseguem mais se suportar escondidos a tanto tempo, humilhados e distantes apenas torciam a chegada do seu momento, e como na política esses momentos podem até demorar mas sempre chegam.

Para eles e para nós, da esquerda progressista, e entenda-se esse chamado progressista como mesmo um avanço necessário para superação do sistema e não apenas no seu sentido territorial, mas progressista sim, na rebelião revolucionária etapa final do recrusdecimento das forças produtivas e que para passar para a próxima etapa de desenvolvimento é necessário superar o antigo, o atrasado e o arcaico.

Além da própria história, temos em si, no seu próprio desenvolvimento as ferramentas de destruição do seu sistema, por isso o ódio, a raiva, toda a irá que se abate sobre nós, nem mais e nem menos, sempre foi assim e assim será!

Antes éramos comunistas, hoje petistas, e para muitos comunistas o petismo não passa de um arremedo, de uma farsa montada para ganhar o respeito da classe trabalhadora para, então, se lançar sobre seus direitos, uma casta operária que se levanta e tenta sentar a mesa da casa grande. E essa certamente que seiva toda a sorte de malefícios contra a esquerda. 

Para outros o PT deixou de ser um partido que possa promover as rupturas necessárias e com essa adaptação completa ao regime não consegue nem se defender direito, abrindo mãos de suas ações nos movimento sociais a burocracia petista não se adapta a uma regular parcela do poder, os ganhos começam a decair e com isso a própria produtividade de sua ação burocrática, o que leva a querer mais e mais, avançando rumo a outras parcelas, inclusive de seus parceiros mais próximos, o que em resumo levou a crise.

Mas em ambos os casos a esquerda dita tradicional de suas mais diversas matizes estão completamente erradas sobre o papel do PT na atual etapa de luta de classes no Brasil e na America Latina!

Se por um lado o PT em sua busca por ‘governabilidade’ enfiou ou pés pelas mãos de forma absolutamente infantil e desmedida, o que gerou uma relação promiscua com os demais órgãos de poderes dessa república, o que em sua síntese nada mais é que o poder informal dessas mesmas relações de poder existentes e que não são novas, elas existem desde que foram criadas, pois em suas essências elas dividem o poder de forma formal e informal, o que apenas poucos transitam em suas mais distintas faces. E essa relação que o PT ousou a se construir e que sem a práxis necessária foi vítima de sua própria ganância e de sua completa ignorância.

Mas é medida que a crise aumenta o PT não percebe que ao ser encurralado ele tendem a se destruir e a se auto-consumir, não por acaso as dificuldades em se defender ou mesmo criar uma pauta diferente nessa altura do campeonato, e esse mesmo processo tende a ser radicalizado e com isso não haverá saída a não ser ceder e ir para casa, mas esse processo ainda estar muito longe de um fim, mesmo, o processo não pode deixar vestígios pois tem a missão de quebrar com absolutamente tudo, desde as idéias até o corpo físico, e esse despertar é necessário para o PT.

Pois é essa nossa chance de mostrar ao PT, que mesmo tendo em seu gene um potencial para se render ao charme do sistema, ele pode ser engendrado e com isso fortalecer a luta pela superação do sistema, mas caberá a nós esse papel dirigente em construir essas pontes para mostrar não apenas o caminho e o rumo, mas para convencer que ele não vencerá se rendendo! 

Isso que ele precisa ir além do que já fez até agora, as políticas públicas devem ser radicalizadas, é necessário romper com a Carta aos Brasileiros, e apontar outro caminhos, como por exemplo, o controle externo do Judiciário, e até mesmo regular as mídias, ampliando e democratizando seu acesso, instruir nas principais redes a obrigatoriedade de produção sindical, popular e camponês, para se opor a propaganda burguesa.

Qual o modelo? Na altura do campeonato tanto faz, mas, que se faça imediatamente e que não se envergue aos interesses de quem quer comer seu fígado!

O PT precisa avançar para um rumo não sonhado e não desejado, mas necessário, devo insistir, fazer o que Fidel e Chaves em momentos históricos distintos o fizeram, mas ambos ainda estão parados em sua máxima luta, obviamente que não esperamos que o PT, possa pegar as armas e ocupar as ruas, não estamos propondo a revolução armada, ainda!.

O que se quer é o que o PT seja elemento dinamizados das relações sociais existentes e que quebre definitivamente com o Brasil dos coronéis e de suas estruturas falidas, posto é, a única forma de me manter em suas próprias conquistas, e assim garantir seu lugar ao sol.

O problema é que o fascismo avança a passos largos e estamos apenas observando, sem reagir, e o papel de todos os comunistas nessa hora é fazer frente única, contra os canalhas fascistas!

Então hoje vamos as manifestações e vamos cobrar essa reação que não pode se limitar a apenas a uma postura, mas uma reação que combata os interesses de nossos inimigos e começar novamente a mexer nesse tabuleiro, que estava velho por não ser usado, e isso nós sabemos fazer, vamos lá!




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