O debate da utilização de
mecanismos que propiciem a esquizofrenia a partir de modificações na base produtiva
da sociedade, ainda é uma teoria na qual trabalhamos, esses artigos tem apenas
a intenção de socializar nossa mais profunda reflexão sobre o tema, obviamente
que isto está previsto no processo metodológico adotado, a medida que
levanta-se uma hipótese, eleva-se um debate de prós e contras necessários para
consolidação da teoria aqui abordada, até por que as ciências sociais hoje
definitivamente não é mais a mesma dos últimos dois séculos, e não podemos
correr o risco, em um período aonde a comunicação é mais veloz que o pensamento,
em ouvir, no limite da jornada cientifica, as diferentes situações provocadas,
mas isso deixarei para outro momento o debate de cunho metodológico.
Deve-se recordar que no artigo
anterior mencionava três elementos que confundia-se combinadamente, a
velocidade da transformação, o aporte dos recursos financeiros mundiais e por
fim, a criação de uma exclusividade ideológica. Discutíamos como esse processo
se deu e quais seus reflexos nas atuais crises econômicas, mas acima de tudo,
como foi patrocinado o desmonte do bloco soviético.
Vamos agora dar continuidade a
análise do processo em si, de sua velocidade, de quais maneiras ela foi
combinada com a introdução da loucura, do desespero e da esquizofrenia na
vanguarda mais avançada, ou seja, dos legítimos comunistas. Lembrando que em
tese esse seria o último elo da corrente que deveria ser quebrado, para a
prevalência de uma ideologia única de dominação.
Quando se pensa em revolução logo
se tem a idéia de uma profunda transformação, de forma rápida e por vezes
dolorosa, ao longo da história visualizamos diferentes tipos de revoluções, que
podemos mesmo classificar e encontrar parâmetros comparativos, ou seja,
elementos que podem ser identificados no decorrer dos acontecimentos, como fato
social analisado.
A história da humanidade sempre
guardou elementos que em sua gênese acumulativa traria contradições inerentes
ao processo de desconstrução/construção de eventos ou de fatos, assim foi com o
Cristianismo, Com as Grandes Navegações, com a Revolução Industrial, Com a
Revolução Francesa, Com as duas grandes guerras, com a Revolução Bolchevique e
por fim com a Guerra Fria. Em todos esses eventos históricos, podemos construir
simetrias, elementos que se combinam e interagem com o restante do globo. Não
são fatos isolados em si, mas que de alguma maneira modificaram permanentemente
a forma como o mundo é.
Contudo, ousou afirmar que em
nenhum outro evento foi tão rápido, tão veloz, como foi a derrocada do bloco
socialista!
Eu sei, que a velocidade é
relativa ao tempo e ao espaço, nem vou me deter nesse assunto, até porque isso
aqui não é quântica física, mas fatos sociais, exemplifiquemos, quantos anos
levou o Cristianismo para se absorvido pelo Estado Romano? Qual foi o período
de tempo que durou as Grandes Navegações? Mesmo a Revolução Industrial de sua
gênese até o apogeu? As duas Grandes Guerras, os seus fatos e desdobramentos?
O tempo para se constituir, para
se consolidar e para modificar a realidade, influenciando mesmo anos depois dos
seus acontecimentos! No final da década de 90 do século passado o Socialismo já
não era mais discutido nos principais periódicos do globo. Em menos de 10 anos,
foi simplesmente eliminado das rodas academicas dos jornais e noticiário,
mesmo na internet virou letra morta, sem acesso para se tornar primeiro lugar
com sua hasteg, sem muitos comentários
ou curtições.
Deve-se compreender que esse processo foi calmamente
planejado, detalhadamente orquestrado e minuciosamente executado, modificar a
base econômica do globo, abolir uma rede complexa de ideias e pensamentos e
cultivar a loucura em uma determinada parcela da população. Para além da teoria
de conspiração, a contra revolução arquitetava sua vingança, mas não bastava a
substituição do modelo econômico/político, era necessário ir além, era preciso
construir um tipo de vingança que modificou, não somente o comportamento, ou
mesmo o processo ideológico em si, mas culminaria com a decodificação de um
novo gene, algo que combatesse a solidariedade humana, e o que nos transforma
em seres sociais, esse processo deverá ir muito além ainda da nossa própria
imaginação, mas o que cabe aqui é desvendar o primeiro ato.
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