domingo, 15 de dezembro de 2013

Adrenalina da Revolução!

Desde 1988 decidir dedicar minha vida à uma procura. Sim um espécie de vício, na qual na primeira vez me deixou completamente dependente, não é um vício qualquer, lembro que eu estava em plena manifestação em frente a escola, em determinado momento, tive que enfrentar o comando da PM, nesse momento tive a primeira percepção da adrenalina que estou falando desde o início, após a nossa recusa, houve o confronto e nele, eu estava completamente extasiado pela adrenalina, e como resultado eu estava em perfeita sintonia com que acontecia, percebia os movimentos antes mesmo que eles ocorressem, sabia de antemão o que a PM faria, e como poderíamos responder a altura, o conflito com a PM naquele dia na Almirante Barroso durou mais de quatro horas, e mesmo assim não abrimos mão de deixar fechada as quatro pistas até as 18h.

De lá para cá, já participei de tantas outras situações de conflito, e em todas experimentei essa sensação, de harmonia com o conflito! Depois de um tempo percebi que essa adrenalina só teria relevância se ela estivesse direcionada por uma teoria: o Marxismo.
Desse dia em diante, as experimentações de sensações e emoções nesses tipos de conflitos foi definitivamente superior ao mundo que então se revelou em 1988. De lá para cá, sou movido pela busca por esse tipo de adrenalina, mas hoje com mais dedicação e muito mais cuidado, nesse período sofri duas tentativas de assassinato, sofre diversas agressões físicas e fui perseguido politicamente em outras tantas oportunidades. Mas já disse uma vez, já me acostumei com a estrada que eu seguir.

Enfim, o poder que se experimenta com esse tipo de adrenalina é sem igual, já busquei outros tipos de aventuras e de drogas para tentar minimizar essa falta de adrenalina, mas confesso que em nenhuma me permitiu chegar perto ou mesmo vislumbrar minimamente, hoje aos quarenta anos, ainda procuro esse tipo de adrenalina, que permite mudar vidas, que permite escrever a história, de construir novas realidade a partir de nossas ações, e por essa adrenalina dediquei minha vida a revolução social, é isso que tem que ser entendido, essa dedicação é produto de uma consciência sã e de um dependência a sua própria adrenalina! Ou seja, sou um caso perdido para a revolução social!

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