terça-feira, 26 de agosto de 2014

MANIFESTO DE CAMPANHA NA INTERNET!

                                                  A internet está para a campanha eleitoral, da mesma forma que a 
campanha eleitoral está para a grande 
maioria da população desse país!




O interesse pelo tema “política” definitivamente não é um dos principais em nossos dias, mesmo em período eleitoral como esse, o que se vê claramente em conversas de bares, de esquinas, de praças, de escolas, em paradas de ônibus, ou mesmo nos locais de trabalho, é um desencanto, uma falta de expectativa, mesmo de perspectiva positiva para o tema.

A diferença pela política é proporcional à necessária intervenção coletiva consciente nas ações políticas do país, ou seja, enquanto uma maioria absoluta não se interessa, não discute e não participa da política, uma menor parcela dessa mesma população, se interessa, discute e participa, a diferença é que essa pequena parcela têm uma vantagem competitiva: ela decide!

Contudo, outras linguagens aparecem nesse novo processo, a internet assume novamente uma vanguarda absoluta no debate político, isso já se mostrou claramente eficiente em diversas oportunidades, como na Síria, no Afeganistão, no Egito, e em tantos outros lugares onde o acesso a informação não é democrática, ou no mínimo, não é disfarçado seu controle, como é o caso do Brasil.

Vislumbrando um passado com as expectativas de atualidades, pois bem, as lutas dos estudantes na Praça da Paz Celestial com smartphones, conectados ao facebook, postando fotos trabalhados no Instagran, passando mensagens rápidas, ou mesmo difundindo novas ideias através de blogs pró-imperialistas!

Enfim, o processo certamente nós daria várias outras perspectivas, a internet permitiu Osama Bin Laden se manter escondido, por anos, em cavernas interligadas por tuneis submersos, mas com conexão wireless, que comportava uma complexa rede de fugas virtuais, startadas de tables, celulares ou notbook’s.

Deve-se compreender que esse processo de democratização da utilização da informação não a transforma em conhecimento, muito menos em saber!

A internet não nos levará a uma revolução econômica, política e social pela sua simples existência, ela só foi o preço pago pelo Sistema Capitalista para se manter no poder, foram-se os anéis (informação), mas ficaram os dedos (saber) controlados pelo mesmo grupo que controla a economia mundial, as guerras, quem vive e quem morre, onde chove ou onde faz sol!

E como fica o debate nesse período eleitoral na internet?

As redes sociais são terras de ninguém, um espaço vazio de ideias inovadoras e cercado de mesmices, banhadas por mediocridades e intolerâncias, o senso comum proposto não passa de uma pífia imitação da realidade cruel e desumana que vivemos.

A linguagem não mudará comportamentos, não em períodos tão curtos, a mensagem deve ter como objetivo chocar, criar laços tipificados em estruturas semiabertas e que permitam uma transformação instantânea e simultânea com a realidade, não há espaço para bom senso, ou mesmo para debates ricos e reveladores, o que ser quer é ódio, fofocas e baixarias!

Mas como permanecer politicamente correto nesse processo?

Não há como, temos que nos chafurdar na lama das redes, é preciso se entregar há outro nível de relação que nossa própria estrutural cerebral ainda não percebeu de fora para dentro, compara-se a nossa própria estrutura de neurônios, com infinitas ligações que se fazem e se desfazem em pleno gozo sexual!

Memes, vídeos, fotos, e textos devem ser trabalhados de forma intensa, insana e fugaz, mas sem romper as estruturas de comportamentos levianos que reproduzimos em nossa própria sociedade, devemos revolucionar o que não é para ser revolucionado, mas mantido como um simples ato de fé!

Navegar é preciso, mas é preciso também agredir e transgredir, mas velando a conspiração necessária para suprir o esgotamento dos modelos propostos, é preciso subverter a desordem com uma ordem sagrada e iluminada, que será inspirada pelos piores seres e cabeças de nossa ordem, de nossa geração, de nossa época histórica, a mesma parcela pequena que participa da política, que discute e que decide!

Seremos escravos novamente de nossas próprias limitações e preconceitos, ou vamos inovar dessa fez a não revolucionar será a verdadeira revolução? Essa história que o futuro a Deus pertence não é nosso discurso, acreditamos que os dados, as informações e as leituras percebidas por todos os nossos sentidos nos fazem crer em um desastroso desfecho para a participação humana nas redes sociais, mas acima de tudo, seremos apenas perfis vazios de homens e mulheres que ficarão plenamente satisfeitos com a informação; e não com o conhecimento, e não com o saber e não com a crítica.

Não há inovação, apenas repetição!

Não há inversão da ordem, pois é a ordem que nos manterá vivos e sonhando por dias melhores!

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